Buscar artigo ou registro:

 

 

 

 

Educação Infantil do Campo: um estudo sobre pesquisas realizadas nessa área de ensino

Maria Jocélia Oliveira Furtado[1]

Sandra Karina Mendes do Vale[2]

 

DOI: 10.5281/zenodo.16921490

 

 

RESUMO

Este artigo faz um estudo sobre as pesquisas realizadas nos últimos oito anos sobre a Educação Infantil do Campo a partir da análise dos periódicos e revistas da biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), trabalhos apresentados nas Reuniões Anuais Nacionais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), especialmente no Grupo de Trabalho (GT 07) que discute “Educação de crianças de 0 a 6 anos”, e as dissertações na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Esses dados encontrados nos proporcionam o acesso ao cenário dos últimos anos sobre as produções acadêmicas a respeito desse tema, mostrando-nos os primeiros trabalhos realizados, os diferentes temas relacionados a essa temática central, os subtemas mais abordados, as abordagens teóricas e metodológicas mais utilizadas, os locais mais pesquisados, assim como a visão dos diferentes autores sobre esse tema. Diante da análise, os resultados mostram que há um número muito pequeno de pesquisas realizadas nessa área se levarmos em consideração a quantidade de escolas do campo que atendem a Educação Infantil, e que os primeiros trabalhos encontrados são artigos de 2017 do caderno Cedes da revista eletrônica SCIELO, e a maior parte dos estudos se firmam em perspectivas teórico-metodológicas sócio-histórica e cultural com abordagens qualitativas em que os estudos focam as relações da criança com o outro ou com o meio onde está inserida. E os locais onde as pesquisas são mais realizadas ficam na região Nordeste do país. Enfim, ainda que essa etapa de ensino, que foi se firmando ao longo dos anos através das lutas dos movimentos sociais, tenha ganhado mais visibilidade, ainda carece de um olhar mais atencioso do poder público, necessitando de políticas públicas educacionais que proporcione um acesso e permanência desses sujeitos do campo a um ambiente escolar organizado e adequado às especificidades dessas comunidades.    

 

Palavras-chave: Educação Infantil do Campo. Políticas educacionais. Práticas pedagógicas.

 

 

INTRODUÇÃO

 

A Educação Infantil é uma etapa de ensino muito importante para o desenvolvimento das crianças em todos os seus aspectos físicos, sociais, culturais etc., e quando falamos dessa etapa na realidade das crianças do Campo pensamos nos desafios a serem vencidos para que possamos oferecer uma educação de qualidade condizente a sua realidade. E a Educação Infantil do Campo é uma temática que vem ganhando mais visibilidade e espaço no meio científico.   

A partir dessa temática pensamos em desenvolver um artigo de revisão de literatura que tem como objetivo mostrar os primeiros trabalhos realizados, os diferentes temas relacionados a essa temática central, os subtemas mais abordados, as abordagens teóricas e metodológicas mais utilizadas, os locais mais pesquisados, assim como a visão dos diferentes autores sobre essa área de ensino Educação Infantil do Campo, e observar o que está no entorno desses estudos sobre essa etapa de ensino correlacionado a esse ambiente campesino.

Sabemos que a Educação Infantil é vista pela LDB 9394/96 (LDB, 2020) no art. 29 como a primeira etapa de ensino da educação básica que tem por finalidade desenvolver o indivíduo para que esse se desenvolva e consiga exercer sua cidadania. E essas crianças têm o direito de frequentar uma escola, isso assegurado por lei, assim como as crianças do campo.

Nesse sentido que surge a Educação Infantil do Campo, Côco e Vieira (2017) afirmam que esta modalidade de ensino surge nesse contexto de lutas por direitos iguais, em que os indivíduos campesinos buscavam por um espaço adequado e dentro de suas realidades, como as creches e pré-escolas, para que pudessem proporcionar um ensino de qualidade e promovesse um bom desenvolvimento dessas crianças. 

Sobre isso, O PRONACAMPO, Programa Nacional de Educação no Campo (PNEC, 2013), defende que as ofertas de vagas para esta etapa de ensino, Educação Infantil, devem acontecer na mesma comunidade em que os sujeitos do campo moram para proporcionar um conforto maior para as crianças e as famílias evitando o deslocamento para outras áreas longínquas e evitar a evasão escolar favorecendo o ensino e aprendizagem desses sujeitos.     

E, também, porque há uma necessidade de se trabalhar com as crianças do campo de forma diferenciada, uma vez que devemos levar em consideração a realidade social e cultural desses indivíduos. A Base Nacional Comum Curricular – BNCC (Brasil, 2018) descreve que devemos acolher e explorar as experiências e vivências que os pequenos da Educação Infantil trazem do núcleo familiar e de suas comunidades para dentro da escola. 

Este estudo nos mostra como a Educação Infantil do Campo está sendo vista e discutida nos trabalhos acadêmicos, sendo que nos propusemos, com isso, expor quais as principais temáticas estão sendo desenvolvidas para o estudo desta área de ensino. Inicialmente, percebemos que apesar de um aumento no número de trabalhos produzidos com esse tema ainda é uma quantidade abaixo da necessidade que essa temática precisa. Pois há um número muito grande de escolas localizadas no campo que precisam ser investigadas para ajudar a melhorar o sistema de ensino nesses ambientes. Observamos que apenas sete estudos, entre dissertações e artigos, discutem a educação do campo como tema central, e que os trabalhos completos estão apenas relacionados a essa temática.

Para que pudéssemos realizar esse estudo, utilizamos a pesquisa bibliográfica na biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), trabalhos completos retirados das Reuniões Anuais Nacionais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) os presentes no GT 07 que discute “Educação de crianças de 0 a 6 anos”, e as dissertações na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). 

Para direcionar nossa busca utilizamos as palavras-chave “educação do campo” e “educação infantil”, para as buscas na ANPED utilizamos apenas a palavra-chave “educação do campo” uma vez que o GT já estava voltado para a Educação Infantil. O período de busca da pesquisa foi de estudos publicados entre 2017 e 2024, que nos gerou um total de 19 pesquisas realizadas relacionadas ao tema em estudo, e observamos que cada trabalho aborda temáticas diferenciadas sobre o mesmo tema Educação Infantil do Campo buscando mostrar as inúmeras possibilidades de investigação sobre essa área de ensino.

Para mostrar esses resultados, organizamos este artigo em quatro partes, além dessa

introdução inicial, a primeira “as primeiras considerações” mostra de forma organizada em quadros os dados encontrados para o presente estudo. A segunda “Os subtemas presentes nas Pesquisas” faz uma abordagem sobre os subtemas que os autores utilizaram em suas pesquisas sobre essa etapa de ensino mostrando quais foram os mais abordados. 

Em seguida faremos a exposição das “Perspectivas teóricas e tipos de estudos” mais utilizados pelos pesquisadores, assim como “Localizando as pesquisas” referindo-nos aos locais onde são mais realizadas as pesquisas sobre essa temática. E ainda em “Educação infantil do campo: o que pensam seus pesquisadores” fazer uma abordagem sobre os temas secundários presentes nos estudos que apresentam os descritores educação infantil do campo em seu título para mostrarmos como os autores destas pesquisas veem essa etapa de ensino e quais as vertentes mais pesquisadas.

A terceira parte “O que ficou” refere-se as nossas considerações finais sobre o estudo realizado a partir dos artigos, dissertações e trabalhos completos encontrados nas diferentes plataformas digitais de pesquisas, mostrando-nos que essa temática ainda precisa avançar muito para chamar a atenção do poder público para mais investimentos em políticas educacionais relacionadas a essa área de ensino.     

 

 

AS PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES

 

Nossas primeiras considerações sobre esta revisão de literatura deve-se a necessidade de organização das fontes dos dados relacionados a Educação Infantil do Campo, haja vista os inúmeros trabalhos de pesquisas que já foram realizados em relação a essa temática, diante disso encontramos diferentes tipos de estudos que serão organizados em quadros.

Ao que se refere aos artigos de revistas e periódicos foram pesquisados na biblioteca eletrônica SCIELO utilizando as palavras-chave “educação do campo” e “educação infantil”, como resultados encontramos um total de oito artigos disposto no quadro 1.    

 

QUADRO 1- ARTIGOS DA BASE SCIELO

N° de

artigos

Revista ou Periódico

Ano de Publicação e nº de artigos por ano

5

Caderno Cedes

2017 (4); 2023 (1)

2

Educar em Revista

2024 (2)

1

Pro-Posições 

2024 (1)

Fonte: elaborado pelas autoras

.

Observamos através desse quadro que apenas 08 artigos foram encontrados a partir das palavras-chave utilizadas nessa plataforma. Desses, 05 encontrados em um único “Caderno Cedes” que é um caderno desse periódico voltado para divulgar os conhecimentos construídos e direcionados ao meio educacional. Percebemos pelo disposto na tabela que houve uma quebra no período de realização de estudos e publicações sobre essa temática, pois encontramos quatro estudos realizados e publicados até 2017 e já encontramos publicações referentes ao tema 6 anos depois, em 2023 no mesmo caderno de publicações já citado.

Essa ausência de publicações se fez presente em outros periódicos e revistas dessa plataforma, observando o quadro vemos que só aparecem trabalhos com essa temática apenas em 2024 em outros periódicos como em “Educar em Revista” que é um periódico de Educação, da Universidade Federal do Paraná, de acesso aberto, onde temos 02 publicações. E, ainda em 2024, 01 publicação na revista Pró-Posições da Faculdade de Educação da Unicamp também voltada para publicações de diferentes dimensões da educação.   

Em relação as dissertações os dados encontrados fazem parte do banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), foram utilizadas as mesmas palavras-chave “educação do campo” e “educação infantil”, obtivemos como resultados o exposto no quadro 2 abaixo.

 

QUADRO 2- DISSERTAÇÕES DO BANCO DE DADOS BDTD

 Ano de publicação

Quantidade

2019

01

2020

01

2021

01

2022

01

2023

02

Fonte: elaborado pelas autoras.

 

 

Observamos a partir do quadro a ausência de pesquisas realizadas nos anos de 2017 e 2018 com a temática em análise, pensa-se que essa área de ensino vem, aos poucos, ganhando espaço no meio acadêmico e científico. Sendo que nos anos seguintes, como exposto no quadro, houve uma publicação para cada ano relacionado ao nosso tema de pesquisa, e em 2023 já encontramos 02 dissertações. Então, para 2017 data inicial de nossa pesquisa que não houve nenhuma publicação encontrarmos duas no último ano pesquisado, embora pequeno, mas já demonstra um avanço nos estudos realizados nessa área da educação ao que se refere a pesquisas científicas realizadas por estudantes dos cursos pós-graduações.

Percebemos que o número de publicações da plataforma SCIELO decresceu de 04 artigos no primeiro ano em análise em 2017 para 03 em 2024, enquanto as dissertações da plataforma BDTD foi de 01 a cada ano para 02 publicações no último ano 2023. Esses números mostram que há um aumento do número de pesquisas nessa área de ensino não muito significativo, e que ainda há muito a ser pesquisado levando em consideração a grande importância dessa etapa de ensino na vida das pessoas.        

Quanto aos trabalhos completos a busca foi realizada na Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) através das palavras-chave “educação do campo” no GT 07 que discute “Educação de crianças de 0 a 6 anos” nas reuniões anuais da ANPEd dos anos 2019 que teve como tema “Educação pública e pesquisa: ataques, lutas e resistências”, 2021 com o tema “Educação como prática de liberdade: uma carta da Amazônia para o mundo” e 2023 com a temática “Educação e Equidade: bases para amar-zonizar e reconstruir o país”. Observemos o quadro abaixo.   

 

QUADRO 3 – TRABALHOS COMPLETOS DO GT 07 DA ANPED

Reunião

Ano

N° De Trabalhos

39ª

2019

3

40ª

2021

1

41ª

2023

2

Fonte: elaborado pelas autoras.

 

Em relação aos trabalhos encontramos apenas temáticas aproximadas a Educação Infantil do Campo, sendo que 01 trata sobre educação infantil do campo com foco nos direitos à creche, apenas 01 trabalho fala sobre práticas pedagógicas na educação infantil do campo, os outros tratam sobre cultura e política pública. O que percebemos disposto no quadro é o número de pesquisas realizadas nessa área da educação infantil do campo apenas 06, e desses 03 foram publicados em 2019, e em 2023 apenas 02, isso mostra que o número de pesquisas e publicações em vez de aumentar foi diminuindo ao longo dos anos, nessa plataforma. 

Ao longo dessas primeiras considerações observamos que os primeiros trabalhos realizados nessa temática da nossa pesquisa são artigos publicados nas revistas e periódicos da biblioteca eletrônica SCIELO no ano de 2017. E representa um número significativos de pesquisas com o total de 04 artigos. Desses, um artigo trata de currículo da educação infantil do campo, outro sobre a formação de professores para esse público, um trata da relação educação infantil e as famílias do campo, outro sobre a educação infantil e suas vivências.

Percebemos que das outras plataformas onde pesquisamos as dissertações e os trabalhos completos não aparecem publicações no ano de 2017, pois as dissertações da BDTD a primeira foi de 2019 assim como os trabalhos encontrados na ANPED. E que embora as discussões sobre a importância dessa etapa de ensino, Educação Infantil, vinculada ao campo venham aumentando, os números de publicações de trabalhos mostram o contrário, haja vista que tanto na SCIELO como na ANPED diminuiu o número de publicações com essa temática, além do que os trabalhos da ANPED são temas relacionados a nossa temática, e não tratam diretamente da educação infantil do campo.   

Optamos para a escolha dos dados apenas as pesquisas que apresentassem os descritores educação infantil e educação do campo em seus títulos para que possamos apresentar uma análise mais restrita sobre as produções dessa temática nesse período de 2017 a 2024.      

 

 

SUBTEMAS PRESENTES NAS PESQUISAS

 

No quadro abaixo temos o demonstrativo de todas as pesquisas realizadas e encontradas nas plataformas eletrônicas a partir das palavras-chave “educação infantil” e “educação do campo” mostrando quais os subtemas mais utilizados nas publicações.

 

QUADRO 4 – SUBTEMAS

Plataformas

Quantidade de trabalhos

Tema geral

Subtemas

 

 

 

SCIELO

01

Educação Infantil

As famílias do Campo e as políticas públicas

02

Políticas e Práticas Educacionais

Educação Infantil do Campo

02

Educação Infantil do Campo

Formação de professores

03

Educação Infantil do Campo

Práticas pedagógicas

 

 

 

BDTD

01

Educação Infantil no Campo

 

02

Políticas Educacionais

Educação Infantil e Educação do Campo

01

Prática Pedagógica

Educação Infantil do Campo

 

01

Educação do Campo

Educação Infantil, Infâncias e Práticas Pedagógicas

01

Educação Infantil

Educação do Campo e Formação de Professores

 

 

 

ANPED

03

Cultura

Educação Infantil e áreas remanescentes de Quilombolas

01

Políticas Públicas

Infâncias e Educação do Campo

01

Infâncias

Educação Infantil e Vivências na Educação Rural

01

Educação Infantil do Campo

Creches e Assentamentos

Fonte: elaborado pelas autoras

 

Observamos que dos 08 artigos sobre Educação Infantil no Campo, 01 estudo aborda a educação infantil como tema geral relacionando isso as famílias residentes nas áreas rurais, utilizando educação do campo e políticas educacionais como direitos das crianças como temas secundários da pesquisa. Dois estudos trabalham com o tema central políticas e práticas educacionais, relacionando isso a educação infantil do campo. E cinco pesquisas foram desenvolvidas com a educação infantil do campo como tema central, sendo que desses, dois trabalhos tratam da formação de professores como temas secundários e três discutem sobre as práticas pedagógicas.

Esses resultados demonstram que a Educação Infantil do Campo tem ganhado espaço e reconhecimento de sua importância para a formação da criança, assim como seu desenvolvimento. Que mais tem se buscado descobrir sobre as práticas pedagógicas mais apropriadas para atuação docente neste ambiente de educação que é diferenciado socialmente das escolas urbanas. E ainda, trabalhos que visam mostrar a importância de políticas educacionais como as formações de professores para que possamos ter uma educação infantil do campo de qualidade. 

Sobre as dissertações, das cinco encontradas apenas 01, a mais antiga de 2019, tem como tema central a educação infantil do campo, 02 tratam as políticas educacionais como centros da pesquisa e utilizam a educação do campo e educação infantil do campo como temas secundários. Em 01 dissertação focam na prática pedagógica como centro das discussões e educação infantil do campo é tema secundário, em 01 prioriza as discussões sobre a educação do campo sendo educação infantil, infâncias e prática pedagógicas temas secundários. E 01 discute a educação infantil como foco sendo educação do campo e formação de professores temas secundários.

O que percebemos é que não temos estudos recentes sobre temática central da Educação Infantil no Campo para mostrar como está acontecendo esse ensino nessas instituições que se localizam longe dos espaços urbanos. Porém, observamos que os pesquisadores estão interessados em mostrar a importância das políticas educacionais como formação continuada de professores e gestões educacionais para a melhoria do desenvolvimento pedagógico nessa realidade do campo.

Inicialmente pesquisamos os trabalhos completos na ANPEd no GT 03 que trata dos Movimentos sociais, sujeitos e processos educativos, mas não encontramos nenhum trabalho relacionados a nossa temática. Então, propusemo-nos a buscar em três reuniões anuais no GT

07 que discute “Educação de crianças de 0 a 6 anos” nos anos 2019 que teve como tema “Educação pública e pesquisa: ataques, lutas e resistências”, 2021 com o tema “Educação como prática de liberdade: uma carta da Amazônia para o mundo” e 2023 com a temática “Educação e Equidade: bases para amar-zonizar e reconstruir o país”. 

As temáticas dos trabalhos encontrados nas reuniões anuais nacionais da ANPEd são diversificadas, pois encontramos apenas um trabalho com foco central nas discussões sobre educação infantil no campo, porém mais voltado ao debate sobre as creches, os outros apenas trabalhos relacionados a nossa temática.   Dos 06 trabalhos, 01, como já citamos, trata como tema central a educação infantil do campo e como temas secundários discute políticas públicas mais precisamente o direto à creche nos assentamentos da região em estudo. Em 03 discutem como tema central cultura, pois tratam de questões de identidade e pertencimento étnico-racial em creches localizadas em áreas remanescentes de quilombos. Em 01 há a discussão sobre políticas públicas debatendo sobre a participação das crianças sem terrinha na vida política, discutindo sobre a infância nesse contexto de lutas. E 01 trata da infância como tema central e educação infantil como tema secundário, além disso, visa mostrar a vivência na educação rural, porém em área de várzea já que mostra como acontece as vivências dessas crianças da educação infantil no ir e vir da escola no transporte fluvial.

Isso nos faz refletir sobre a necessidade de realização de mais pesquisas e trabalhos na área da educação infantil do campo visando discutir sobre esse espaço de ensino e suas especificidades culturais e sociais.  

 

 

3.1. Perspectivas teóricas e tipos de estudos 

 

Ao analisar os estudos realizados acerca do tema observamos que as perspectivas socio-histórica e cultural aparecem em cinco trabalhos quando consideram todos os aspectos que ajudam no desenvolvimento do ser humano, mostrando a realidade socioeconômica e cultural onde é produzida. As perspectivas Bakhtinianas aparecem em quatro trabalhos em que buscam afirmar as vivências ancoradas na relação com o outro no contexto social onde a vida é produzida. 

Outra perspectiva de estudos que aparecem em mais de um trabalho é a perspectiva histórico cultural de L. S. Vygotski em que as experiências são suportes para o desenvolvimento e o meio onde estamos inseridos é fundamental. Em dois estudos encontramos a perspectivas teórico-metodológico baseadas nas significações sendo que um estuda na visão de (Rossetti Ferreira, 2004) que define como redes de significações, e outro baseia-se na ideia de cultura de (Geertz, 1989) apresenta as teias de significados em processos vivos na construção de seus resultados. 

No que diz respeito ao metodológico a pesquisa mostrou que em 12 estudos os pesquisadores optaram por uma pesquisa com abordagem qualitativa, seguido das abordagens etnográficas ou que levam em consideração alguns elementos de análises etnográficas, e as bibliográficas. Observamos ainda as análises dos estudos feitas a partir dos conceitos de análise de conteúdos de Bardin aparecem em quatro trabalhos, visando mostrar “por meio da descrição e da interpretação das mensagens/ou enunciados de todas as formas de discurso” (Benigno, Franco e Vasconcelos, 2023).

Essas foram as perspectivas teórico-metodológicas mais utilizadas nos estudos de nossa pesquisa, observamos que a temática de educação infantil do campo é analisada a partir das relações, seja da criança com o outro ou com o meio em que está inserida pois isso possibilita a obtenção de dados e análise deles nos mostrando resultados reais do meio pesquisado.   

 

3.2. Localizando as pesquisas

 

Observaremos agora quais os lócus das pesquisas, onde mais são realizados esses

estudos sobre a Educação Infantil do Campo.

 

QUADRO 4 – LOCAIS DE REALIZAÇÃO DAS PESQUISAS

  Regiões De Realização Das Pesquisas

  Tipos De Trabalhos

  N° De Trabalho

  Norte 

Artigo

Dissertação

Trabalho

  2

  3

  1

  Sul 

   

   

  Nordeste

Artigo 

Dissertação 

Trabalho 

  2

  3

  2

            Sudeste

Artigo

Trabalho 

  3

  3

            Centro-Oeste

Artigo 

  1

Fonte: elaborado pelas autoras

 

Podemos observar no quadro acima que os estudos sobre a educação infantil do campo são realizados mais na região nordeste com 07 pesquisas somados entre artigos dissertações e trabalhos completos, seguida da região norte e sudeste com 06 trabalhos no total. Fernandes e Peixoto (2024) observaram que as regiões Norte e Nordeste apresentam poucos grupos de pesquisas do CNPq que realizam estudos sobre essa temática se comparado ao número de escolas presentes nesse ambiente do campo. Isso nos leva a pensar que o fato dessas regiões apresentarem um número elevado de escolas do campo acaba atraindo o olhar dos pesquisadores para essas áreas, porém ainda não é um número suficiente de estudos para revelar todas as questões desse público infantil campesino.

As pesquisas da região do Nordeste discutem subtemas diversos como vivências das crianças e o currículo da educação infantil, assim como políticas e práticas educacionais, e muito se discute sobre a cultura e a influência dessa para o cotidiano escolar dessas crianças da educação infantil e como isso pode ajudar os professores em sala de aula. Já na região norte suas pesquisas são realizadas para entender as práticas pedagógicas com quatro estudos nesse sentido, e dois estudam as políticas públicas voltadas à formação de professores.

Isso nos faz entender que a região norte carece de melhorias em políticas públicas educacionais para formação de professores para que estes então melhorem suas práticas pedagógicas e consequentemente o ensino desse público infantil. Na região Sudeste as pesquisas focam em estudos sobre políticas educacionais, um apenas trata da questão cultural da região nessa etapa de ensino. Entender quais as políticas públicas educacionais existem em uma determinada região e como elas estão sendo colocadas em práticas é muito importante para garantir o processo de ensino e o avanço educacional dessa região.  

Em seguida está a região centro-oeste com apenas 01 estudo, que analisa o currículo da educação infantil das crianças do campo abordando as práticas pedagógicas utilizadas nesse local estudado. O que nos chama a atenção nesse quadro é a ausência de estudos realizados na região Sul, uma pesquisa realizada pela UFN instituição de Santa Maria do Rio Grande do Sul teve como lócus de pesquisa a região norte no município de Santarém no estado do Pará. Talvez essa ausência de pesquisa esteja relacionada as palavras-chave utilizadas na pesquisa, pois as nomenclaturas para definir educação infantil no campo pode mudar de região para região.

 

 

3.3. Educação Infantil do Campo: o que pensam seus pesquisadores

 

Nos deteremos nesse tópico a mostrar apenas os trabalhos que no título da pesquisa usam os termos Educação Infantil no Campo para que consigamos explorar melhor o que pensam esses pesquisadores sobre essa temática e quais mais vertentes de pesquisas são utilizadas. Do total de 20 trabalhos analisaremos 06 artigos e 01 dissertação. No que se refere aos trabalhos da ANPEd nenhum deles apresentam esses descritores em seu título.

Desses 07 estudos, 03 trabalhos estão relacionados ao estudo sobre formação de professores e discutem sobre a importância da formação para os docentes que trabalham com crianças nas áreas campesinas, destacando que esse público apresenta especificidades em seu processo de ensino que devem ser levados em consideração em seu processo educacional começando na formação docente, pois “não basta apenas ter o atendimento no campo. Ele precisa atender às especificidades das crianças da terra, das águas e das florestas” (Côco e Vieira, 2024, p.9). 

Teles e Vieira (2024) perceberam que apesar de uma melhora do percentual de 2005 a 2010 no que se refere a formação de professores que exercem funções no campo, concluíram que ainda é desigual e precária a oferta de formação em nível superior para esse público. Os trabalhos ressaltam a falta de responsabilidade do poder público no que se refere ao investimento em políticas públicas que visem a formação continuada de professores do campo.

Apesar da ausência do poder público nesse sentido, observamos em Côco e Vieira (2017) e (2024) a participação e colaboração dos movimentos sociais, como o MST, nesse processo de formação dos docentes, pois este movimento oferece encontros estaduais de educadores da reforma Agrária, assim como buscam parcerias com as universidades com o objetivo de construir esses processos formativos. Segundo as autoras essa parceria auxilia a prática docente através de um acompanhamento pedagógico e envolve as questões de pertencimento ao contexto. Isso demonstra a importância das parcerias entre órgãos públicos, movimentos sociais e sindicatos possibilitando um maior envolvimento e comprometimento com a educação.  

Entretanto, os estudos revelam a necessidade de um olhar dos gestores das políticas públicas para os sujeitos que moram no campo visando a formação docente adequada ao contexto em que suas crianças estão inseridas, afinal as “crianças têm direito de serem atendidas no campo, mas num campo que as veja como sujeitos, pessoas, crianças que vivem as infâncias num lugar que possui suas especificidades” (Côco e Vieira, 2024, p. 10).

Nesse sentido, os estudos (Côco e Vieira, 2024 e 2017; Pereira e Toutonge, 2024; Teles e Vieiras, 2024; Franco e Pasuch, 2017) tratam, ainda que de forma secundária sobre currículo, da importância de colocar os sujeitos de ambiente campesino como centro desse processo de ensino considerando sua realidade e experiências como elementos fundamentais para a construção de uma educação do campo com qualidade. Isso porque as crianças têm capacidade de nos mostrar através de suas linguagens e visões de mundo que são sujeitos sociais e culturais (Pereira e Toutonge, 2024).

Em Franco e Pasuch (2017) e Pimentel (2019) o currículo é trabalhado como tema central da pesquisa sobre a educação infantil do campo. Discutem ideias sobre infâncias e defendem que o currículo deve ser construído a partir das vivências das crianças considerando a “criança como sujeito concreto, com capacidades resultantes, tanto de sua condição biológica quanto de suas condições culturais, implica, por sua vez, a compreensão de seu desenvolvimento em uma perspectiva sociointeracionista” (Pimentel, 2019, p. 54). Observar o que a comunidade do campo tem a oferecer enquanto saberes e experiências e usar isso a favor da aprendizagem das crianças, o que fará sentido para elas dentro desse processo. 

Com isso, o currículo deixaria de ser aquele documento estático com definições prévias e passaria a ser construído a partir de diferentes percursos narrativos das experiências que vão se formando ao longo das relações cotidianas entre as crianças e os professores nos ambientes escolares (Franco e Pasuch, 2017). Isso faz mais sentido quando pensamos em educação infantil do campo, pois as crianças pertencentes ao contexto campesino compartilham de diferentes experiências que podem contribuir na construção de um currículo diferenciado.     

Desses 07 estudos, um discute sobre as práticas pedagógicas em turmas multisseriadas na educação infantil do campo, Benigno, Franco e Vasconcelos (2023) afirmam que tanto as práticas pedagógicas como as políticas educacionais estão estritamente ligadas a formação de professores da área rural e ainda continuam deixando de lado e negando o direito à educação de qualidade para a população de área rural. Discutem sobre os diferentes desafios que engendram a docência do professor do campo.      

Entre todos os desafios, o espaço adequado para o trabalho com as crianças do campo que, em muitas escolas, não tem nem prédio próprio para receber as crianças e desenvolver uma prática pedagógica adequada. As autoras observaram que as práticas docentes no campo apresentam um papel de mediação muito importante na construção do currículo histórico cultural e está estritamente ligado aos direitos das crianças que moram no campo, assim como a ausência de políticas públicas de formação de professores. Essa ausência acaba sendo expressa em resultados negativos da aprendizagem dessas crianças, pois uma vez que esse professor não recebe uma formação adequada deixará a desejar em seu trabalho em sala de aula e comprometerá o ensino e a aprendizagem desse público infantil.

Observamos que todos os estudos que discutem a educação infantil do campo, ainda que de forma secundária, ressaltam a negação dos direitos das crianças que moram no campo, pois ressaltam a necessidades de políticas públicas relacionadas  a esse público no que se refere a organização de espaços adequados com escolas e materiais pedagógicos necessários para as práticas pedagógicas dos docentes, currículos apropriados que levem em consideração as especificidades da criança do campo, a oferta de vagas e a formação de professores específicas que ressaltem a realidades das crianças camponesas.

Percebemos que os estudos que abordam Educação Infantil do Campo em seu título são em sua maioria publicados em 2017 e em 2024 nos primeiros e nos últimos trabalhos encontrados, isso nos mostra que cada vez mais essa área de ensino, aos poucos, vem ganhando visibilidade e mostrando sua importância no processo educacional das crianças do campo, ainda que se tenha muito a estudar sobre essa área da educação.

 

 

  1. O QUE FICOU...

 

A pesquisa sobre a educação infantil no campo mostrou-nos a necessidade de realização de mais estudos relacionados a essa área de ensino. Pois observamos que ao usar a palavra-chave ‘escola do campo’ um número muito representativo de trabalhos nos foi concedido, porém em outras etapas de ensino e disciplinas específicas, o que não serviria para nossas análises.   

Outro item a ser ressaltado é sobre a lacuna que aparece nas datas de publicação de artigos realizados com a nossa temática, de 2017 passamos a encontrar trabalhos datados em 2023, um período de seis anos de diferença. E, atualmente, em 2024 já temos publicações de pesquisas relacionadas ao tema o que demonstra que o interesse por essa área de ensino vem aumentando, isso pode estar relacionado a grande importância que vem sendo dada a esta etapa de ensino, assim como a compreensão às lutas dos movimentos sociais pelos seus direitos a uma educação de qualidade.

Entretanto, observamos através das pesquisas que a educação infantil do campo, apesar de estar atraindo mais a atenção atualmente, ainda está longe de poder proporcionar uma educação de qualidade às crianças residentes no campo, pois há uma invisibilidade dessas pessoas ao poder público, onde esse tem se negado a dar assistência financeira para as escolas do campo para suprir as necessidades das mesmas, seja em relação a estrutura física das escolas ou em relação a materiais pedagógicos que possam auxiliar os educadores no processo educacional. 

Além disso, a ausência de políticas públicas educacionais que possam proporcionar formações de professores aos indivíduos que atuam nas escolas do campo, levando em consideração as realidades existentes nesses ambientes campesinos. E também a necessidade de um currículo que seja mutável de acordo com as especificidades das crianças do campo, que leve em consideração suas experiências no cotidiano escolar.

Isso porque, as pesquisas sobre práticas pedagógicas mostraram que as vivências das crianças do campo, suas narrativas e brincadeiras quando utilizadas no ambiente escolar ajudam no desenvolvimento da criança facilitando seu aprendizado. Por isso, alguns autores retrataram a necessidade de um diálogo pedagógico em relação aos itens que devem fazer parte do currículo escolar para que as aprendizagens se tornem mais significativas.

A pesquisa nos proporcionou observar que as regiões Norte e Nordeste são as que mais apresentam estudos sobre a educação infantil do campo, talvez isso possa ser explicado pelo fato dessas regiões abrangerem um número significativos de escolas do campo e acabarem atraindo a atenção dos pesquisadores, porém ainda não é uma quantidade necessária de pesquisas que possam suprir e explicar todos os problemas existentes nessa área de ensino.

Por fim, a educação infantil do campo carece de um olhar mais compreensivo e significativo, tanto do poder público com investimentos em políticas educacionais, como de órgãos de pesquisas ou instituições de ensino para a realização de novos estudos sobre as práticas pedagógicas e formações de professores que possam mostrar os melhores caminhos para o desenvolver das atividades nesse ambiente educacional tão diferenciado com suas peculiaridades, devido à grande importância que esta etapa de ensino neste ambiente campesino representa para a formação desses sujeitos.                    

 

 

REFERÊNCIAS

 

ANDRADE, Laurenice Gomes. A Organização e a Oferta da Educação Infantil para as Crianças Camponesas No Município De Barra De Santana-PB, 2022. Dissertação (Mestrado em Educação), Centro de Humanidades da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG, PB), Campina Grande, Paraíba 2022. Disponível em: <http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/30024/1/LAURENICE%20GOMES%20ANDRADE%20%e2%80%93%20DISSERTA%c3%87%c3%83O%20PPGEd%202022.pdf> . Acesso em: 27/01/2025.

 

AQUINO, Lígia Maria Motta Lima Leão de. GONÇALVES, Bárbara de Oliveira. Vivemos para lutar, lutamos para viver... A participação das crianças sem Terrinha na Vida Política da Sociedade. 39ª Reunião Nacional ANPEd, GT 07, 2019. Disponível em: <https://anais.anped.org.br/sites/default/files/arquivos_19_8>. Acesso em: 27/01/2025.

 

AQUINO, Pedro Neto Oliveira de. CRUZ, Silvia Helena Vieira. A percepção das crianças de uma turma de creche acerca do pertencimento étinico-racial, numa comunidade de remanescentes de quilombolas. 39ª Reunião Nacional ANPEd, GT 07, 2019. Disponível em: <https://anais.anped.org.br/sites/default/files/arquivos_10_4>.  Acesso em: 27/01/2025.

 

AQUINO, Pedro Neto Oliveira de. CRUZ, Silvia Helena Vieira. A construção da identidade étinico-racial em crianças negras: relações estre professora e crianças em uma creche de uma comunidade de remanescentes de quilombolas. 40ª Reunião Nacional ANPEd, GT 07, 2021. Disponível em: <https://anais.anped.org.br/sites/default/files/arquivos_25_10>. Acesso em: 27/01/2025.

 

ARAUJO, Thaise Vieira de. O Direito à Creche no/do campo em um Assentamento na Região Intermediária de Sorocaba – SP. 41ª Reunião Nacional da ANPEEd, 2023. Disponível em: <https://anais.anped.org.br/sites/default/files/arquivos_15_42>. Acesso em: 27/01/2025.

 

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/docman/abril-2018-pdf/85121-bncc-ensino-medio/file>. Acesso em: 25/01/2025.

 

BENIGNO, Beatriz Lima. FRANCO, Zilda Gláucia Elias. VASCONCELOS, Simone Maria Oriente. Educação infantil do campo; Docência em turmas multisseriadas no interior do Amazonas. Caderno Cedes, Campinas, v.43, n.119, p.109-118, Jan.-Abr., 2023. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ccedes/a/mk8dKFHDSmkqTHHXPHWyJVt/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

CÔCO, Valdete. VIEIRA, Maria Aparecida Fidéles de Oliveira. Educação infantil do campo e formação de professores. Caderno Cedes, Campinas, v.37, n.103, p.319-334, set.-dez., 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ccedes/a/bmMWnGFwkQhFNYdLBy7nHqm/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

CÔCO, Marlene Aparecida Fideles de Oliveira. VIEIRA, Valdete. Desafios impostos ao trabalho com crianças Sem Terrinhas no contexto da Educação Infantil do Campo. Educar em Revista, Curitiba, v. 40, e88346, 2024. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/er/a/XFfSWPQWsP7Jb6JrVQv9pqj/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

COSTA, Maria da Vitória Gomes. Brinquedos e Brincadeiras: Memória e Patrimônio Cultural nas Infâncias Do Campo, 2023. Dissertação (Mestrado em Formação de Professores, PPGFP), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande, 2023. Disponível em: <https://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/tede/4694/5/DOCUMENTO%20COMPLETO.pdf>. Acesso em: 27/01/2025.

 

FRANCO, Cléria Paula. PASUCH, Jaqueline. O currículo narrativo na Educação Infantil das crianças do Campo: reflexões para um diálogo pedagógico. Caderno Cedes, Campinas, v.37, n.103, p.377-392, set.-dez., 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ccedes/a/cnb5PfMQqTPYzpCGqdVKMLk/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 4ª ed.- Brasília, Distrito Federal: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2020.

 

LEAL, Gyane Karol Santana. As vivências das crianças ribeirinhas no transporte escolar fluvial na comunidade do Paraná do Limão de baixo em Parintins-Amazonas-Brasil. 41ª Reunião Nacional da ANPEEd, 2023. Disponível em: <https://anais.anped.org.br/sites/default/files/arquivos_0_34>. Acesso em: 27/01/2025.

 

LUZ, Iza Rodrigues da. SILVA, Isabel de Oliveira e. Educação infantil e famílias residentes em áreas rurais: demandas e concepções em dois municípios do Brasil. Caderno Cedes, Campinas, v.37, n.103, p.303-318, set.-dez., 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ccedes/a/3cjk9xd7wcDTKMNtVFgLfLN/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

MATTA, Yamilli Karen Rodrigues de Pinho da. As experiências das crianças do campo: um estudo a partir da gramática das culturas da infância. 39ª Reunião Nacional ANPEd, GT 07, 2019. Disponível em: <https://anais.anped.org.br/sites/default/files/arquivos_35_3>. Acesso em: 27/01/2025.

 

PIMENTEL, Edileide Ribeiro. Educação Infantil do campo e currículo: que atividades são oportunizadas às crianças, 2019. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. Disponível em: <https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/28250/1/EducacaoInfantilcampo_Pimentel_2019.pdf>. Acesso em: 25/01/2025.

 

PRATA, Welton De Araujo. O brincar na Educação Infantil em uma escola do campo no Município de Humaitá, 2021. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Humanidades, área de concentração em ensino), Universidade Federal do Amazonas – AM, 2021. Disponível em: <https://tede.ufam.edu.br/bitstream/tede/8338/12/Disserta%c3%a7%c3%a3o_WeltonPrata_PPGECH.pdf>. Acesso em 27/01/2025.

 

Programa Nacional de Educação no Campo PRONACAMPO. Brasília, 2013. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13214documento-orientador-do-pronacampo-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 23/06/2024

 

SILVA, Carmem Virgínia Moraes da. SODRÉ, Liana Gonçalves Pontes. As crianças do campo e suas vivências: o que mostram suas brincadeiras e brinquedos. Caderno Cedes, Campinas, v.37, n.103, p.361-376, set.-dez., 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ccedes/a/cK8CwMmXQ4qCKvn3BnqyDHq/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

SOUSA, Heliene Pimentel de. A escola do campo da Amazônia paraense: um estudo da formação continuada de professores da educação infantil, 2020. Dissertação (Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens, área de Concentração em Humanidades, Linguagens e Práticas Docente), Universidade Franciscana, UFN, Santa Maria-RS, 2020. Disponível em: <http://www.tede.universidadefranciscana.edu.br:8080/handle/UFN-BDTD/953>. Acesso em: 27/01/2025.

 

TOUTONGE, Eliana Campos Pojo. PEREIRA, Rosenildo da Costa. Contextos de escolas e processos educativos na e da educação infantil do campo, Abaetetuba, Pará. Educar em Revista, Curitiba, v. 40, e89870, 2024. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/er/a/PH3nPwnbNpWdKJbfPDZcnQp/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

VASCONCELOS, Simone Maria Oriente. Práticas Pedagógicas No Contexto Multisseriado Da Educação Infantil Em Escolas Do Campo: Vila Pereira No Município De Barreirinha – Amazonas, 2023. Dissertação (Mestrado em Ensino De Ciências e Humanidade,) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Humaitá-AM 2023. Disponível em: <https://tede.ufam.edu.br/bitstream/tede/9657/5/DISS_SimoneVasconcelos_PPGECH.pdf>. Acesso em: 27/01/2025.

 

VIEIRA, Emília Peixoto. TELES, Isabela Fernandes. O direito à educação infantil do/no campo: um estudo sobre grupos de pesquisas no CNPq. Pro-Posições, Campinas-SP., v.35, e2024c0305BR, 2024. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/pp/a/WC94WZsGW9Fn6g8hkmccTJN/?lang=pt>. Acesso em: 27/01/2025.

 

[1] Mestranda em Ciências da Educação. Pedagoga. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[2] Doutora em Educação. Pedagoga. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..