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Tecnologia e metodologias ativas: transformando o currículo para uma aprendizagem significativa

Daniella Wilges de Oliveira Barrozo[1]

Dirce da silva [2]

Eriel Angela Gil dos Reis Castanha[3]

 

DOI: 10.5281/zenodo.17362302

 

 

Resumo

Esse artigo tem como objetivo abordar sobre a Tecnologia e Metodologias Ativas: Transformando o Currículo para uma Aprendizagem Significativa. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica. Nos currículos estão os objetivos que quero alcançar com os alunos e as metodologias quando usada com sabedoria nos proporciona oferecer maior possibilidades de interação entre o aluno e o conhecimento, saindo do tradicional e utilizando novas metodologias acompanhada técnicas inovadoras que motive e faça com que cada um seja protagonista do seu conhecimento. Foi realizado uma pesquisa sobre uma prática inovadora, foi muito interessante conhecer o Design Thinking para desenvolver protagonismo prática essa que coloca o aluno produtor, escolhendo os materiais que iria utilizar para realizar um espeço de convivência onde tenha encontros semanalmente entre os integrantes em prol de um objetivo em comum, o espírito da coletividade, tornando-se voluntários na biblioteca e colaborando com a instituição.

 

Palavras-chave: Currículo. Aprendizagem. Tecnologia. Metodologias. Protagonismo.

 

 

Abstract

This article aims to address Technology and Active Methodologies: Transforming the Curriculum for Meaningful Learning. The methodology used was a literature review. Curricula contain the objectives I want to achieve with students, and when used wisely, methodologies provide greater opportunities for interaction between students and knowledge, moving beyond tradition and utilizing new methodologies accompanied by innovative techniques that motivate and empower each student to be the protagonist of their own knowledge. Research was conducted on an innovative practice. It was very interesting to learn about Design Thinking for developing leadership—a practice that places students as producers, choosing the materials they would use to create a shared space where members meet weekly to pursue a common goal: the spirit of community. This involves volunteering at the library and contributing to the institution.

 

Keywords: Curriculum. Learning. Technology. Methodologies. Protagonismo.

 

 

Introdução

 

A evolução tecnológica faz-se cada vez mais presente na contemporaneidade, transformando a forma como nos relacionamos com o mundo e como adquirimos conhecimentos. É impossível ignorar a influência das tecnologias digitais na relação ensino aprendizagem. Nesse sentido torna imprescindível fazer reflexão sobre as novas metodologias, o currículo e a interatividade podem potencializar a aprendizagem dos alunos. As tecnologias nos possibilitam ampliar a aprendizagem em qualquer lugar e em qualquer momento. A internet, por exemplo, disponibiliza uma gama muito grande de recursos educacionais, como vídeos, jogos, aplicativos e plataformas de ensino online. Essas ferramentas possibilitam aos alunos serem agentes ativos na construção do seu conhecimento, explorando os conteúdos de forma mais dinâmica interativa e lúdica.

Nesse contexto, as novas metodologias de ensino têm sido impulsionadas pelas tecnologias digitais. O modelo tradicional de transmissão de conhecimentos, não atende mais as demandas da sociedade contemporânea. O uso das metodologias ativas valoriza o engajamento, o protagonismo e a interação na construção no processo de ensino e aprendizagem.

Além disso, no que refere ao currículo, as tecnologias digitais possibilitam uma maior interação e interação de conteúdo. Os recursos podem ser adaptados de acordo com as necessidades e especificidade de cada aluno, promovendo aprendizagens significativas, e valorizando o protagonismo dos alunos. Assim como, o uso das tecnologias permite a exploração de temas transversais e contemporâneos, que podem enriquecer o currículo e tornar mais significativo a aprendizagem.

A interatividade é outra característica fundamental na relação ensino para aprendizagem mediada pelas tecnologias. As interações entre alunos professores e conteúdo estimula a participação dos estudantes nas atividades interativas que permite à construção coletiva de trocas de ideias, discussão, chats, fóruns e experiências significativas. Esse artigo teve como metodologia a revisão bibliográficas realizada a partir do referencial teórico. É composto por introdução desenvolvimento e uma pesquisa sobre uma prática inovadora na educação, e a conclusão.

 

 

Desenvolvimento

 

Falar em tecnologia nos remete às práticas da antiguidade quando o ser humano criava métodos para realizar seus afazeres mais básicos que foram evoluindo com o passar do tempo surgiu na Grécia Antiga a techné, que foi um aperfeiçoamento da técnica em um nível maior.

A ?techne´? são um outro tipo de conhecimento, distinto da técnica no sentido geral, que não se limitava à pura contemplação da realidade, mas era uma atividade interessada na solução de problemas práticos, em servir de guia para os homens na sua luta para melhora e aperfeiçoar a sobrevivência, na cura de doenças, na construção de instrumentos e edifícios e outros. Talvez pudesse chamá-la de técnica altamente desenvolvida ao seu estágio inicial (Chaves,2011, P1).

As tecnologias estão presente desde a criação do homem e vem cada vez mais evoluindo trazendo benefícios e todos os campos e principalmente para a área da educação, é uma evolução e cada vez mais torna necessário nos currículos escolares modificando a forma de interação entre escola e aluno e trazendo formas diversificadas de oferecer mais possibilidade e incentivo ao protagonismo do estudante.

E nesse sentido, é muito importante que a tecnologia seja cada dia mais presente nos currículos acompanhado de engajamento de toda comunidade escolar e que todos os órgãos responsáveis levem para todas as escolas, tecnologias de qualidade acompanhados de formações para que os professores ofereçam mais qualidades e que faça a diferença, visto que o papel da escola e formar pessoas críticas e capazes de fazer a diferença.

Segundo Chaves, (2011), P1, a tecnologia nos trouxe a capacidade de se reinventar e reorganizar a forma de interagir e transmitir informação.

Quando falamos em currículo, estamos pensando no modelo de sociedade que queremos formar, pois a educação é vista como transmissora do conhecimento e o papel da escola e fomentar a capacidade do seu aluno, potencializando o processo de ensino e aprendizagem, aproximando o professor e o aluno sem a necessidade de estar em uma lada de aula. Levando em consideração que tudo é tecnologia, faz-se necessário buscar por diferentes metodologias que seja um elo de possibilidades e interatividade entre aluno e a aprendizagem.

Sendo assim para Silva (1996, p. 23):

 

O currículo é um dos locais privilegiados onde se entrecruzam saber e poder, representação e domínio, discurso e regulação. É também no currículo que se condensam relações de poder que são cruciais para o processo de formação de subjetividades sociais. Em suma, currículo, poder e identidades sociais estão mutuamente implicados. O currículo corporifica relações sociais.

 

Essa interatividade leva o aluno ao protagonismo e muitas vezes e o único meio que o aluno tem de aprendizagem é por meio do uso da tecnologia, podemos citar o ensino híbrido que veio com mais força após a pandemia, a sala de aula invertida, as lives que possibilita uma conectividade entre várias pessoas ao mesmo tempo falando do mesmo assunto, discutindo tomando decisões.

Bhabha (1998) e McLaren (2000), contribuem ainda, afirmando que a formação de identidades culturalmente híbridas se constitui em um caminho fértil para a educação multicultural crítica

Para tanto, essa interatividade entre tecnologias e as novas metodologias, precisam estar presente nos currículos, acompanhados de profissionais comprometidos com uma educação, pois os alunos não são mais passivos e demandam de novos métodos para haja engajamento do aluno na proposta do professor.

Na Constituição Federal de 1988, aparece claramente a importância que a tecnologia tem na educação. O artigo 214 diz:

 

A lei estabelecerá o Plano nacional de educação, de duração decenal, com objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração a definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ação integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas. (Brasil. 2008)

 

Essas medidas foram fundamentais para a ampliação das tecnologias na educação vigente até os dias atuais, mas sempre precisando dos aprimoramentos nas novas tecnologias que chegam para fazer a diferença quando usado de forma a estimulara os estudantes a serem os protagonistas juntamente com a comunidade escolar

A interatividade é outra característica fundamental na relação ensino para aprendizagem mediada pelas tecnologias. Professor e aluno é um aspecto fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Essa relação dinâmica não apenas enriquece a experiência educacional, mas também contribui para o desenvolvimento de habilidades críticas e sociais nos estudantes.

Para Levy (1999, p.79);

 

O termo interatividade ressalta, em geral, “a participação ativa do beneficiário de uma transação de informação” e completa ainda que um receptor de informação nunca é passivo, a menos que esteja morto, pois “mesmo sentado na frente de uma televisão sem controle remoto, o destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema nervoso de muitas maneiras, e sempre de forma diferente de seu vizinho”.

 

Em um ambiente de aprendizagem interativo, o professor não é apenas um transmissor de conhecimento, mas sim um facilitador que estimula a participação ativa dos alunos. Isso pode ser alcançado por meio de diversas estratégias, como discussões em grupo, atividades práticas, debates e o uso de tecnologias educacionais. Essas abordagens permitem que os alunos expressem suas opiniões, façam perguntas e se sintam mais engajados com o conteúdo.

 

 

Prática Inovadora

 

Design Thinking para desenvolver protagonismo

Um exemplo de prática inovadora, uma professora propôs uma roda de conversa com seus alunos, propôs que cada um falasse sobre seus medos e sonhos em relação a escola, os alunos propuseram em trabalhar com pensamento visual e mapas mentais. Os alunos escolheram criar um espaço de convivência, onde cada um levou de suas casas todo matéria: tapetes, almofadas, livros e caixotes. Assim trabalharam em colaboração e criatividade e ainda puderam testar como o local seria aproveitado sem gastar nada.

No decorre de oito meses do projeto Design Thinking, os alunos passaram a se sentir integrantes e se reunião semanalmente para trabalhar com um espírito de coletividade e começaram a trabalhar na biblioteca da escola e prestar trabalhos voluntario em prol da escola e buscando trazer mais alunos para o projeto. O diretor do Colégio Salesiano Dom Bosco em Três lagoas no Mato Grosso do Sul, criou uma plataforma para estimular ainda mais seus estudantes, essa plataforma era Geekie Lab que contribuiu para que os estudantes criassem seus próprios roteiros de aprendizagem.

 

 

Considerações Finais

 

Logo, com os crescimentos na evolução tecnologias, tornou-se necessário que os currículos escolares realizassem mudanças nas suas práticas educacionais, buscando implementar novas metodologias para que tivesse mais interatividade entre a educação e o aluno que é o motivo principal das existências da escola. Os currículos já evoluíram bastante, porém não com a mesma evolução que as tecnologias estão chegando na sociedade. Para que possamos ganhar os nossos alunos precisa-se cada vez mais buscar novas metodologias e aprimorar a forma de interação com os alunos.

 

 

Referências

 

BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998.

 

CHAVES, E. O. C.  (2011. P. 13) Tecnologias na educação. In: Apostila. Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Disciplina: Fundamentos da Filosofia. Educador: João Nascimento Borges Filho, Universidade Federal do Amapá. Pró-reitora de Ensino de Graduação. Disponível em:  https://www2.unifap.br/borges/files/2011/02/Tecnologia. Acesso em: 20 de setembro de 2025.

 

LÉVY, Pierre. Cibercultura (Trad. Carlos Irineu da Costa). São Paulo: Editora 34, 2000. PALLOF, Rena. M. & PRATT, Keith. Construindo Comunidades de Aprendizagem no Ciberespaço. Porto Alegre: Artmed, 2002.

 

SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.

 

[1] Graduada em Pedagogia, Mestre em Educação.    O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[2] Graduada em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Anos iniciais. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

[3] Graduada em Pedagogia, Especialista em Alfabetização e Letramento. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

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