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Educação e os desafios da docência: fatores que afetam o trabalho do professor

Adricele Sousa Alves Rezende dos Santos

Clediane Mota de Jesus

 

DOI: 10.5281/zenodo.17202117

 

 

RESUMO

A educação constitui-se como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento humano e social, sendo o professor o agente central desse processo. Entretanto, diversos fatores influenciam diretamente o trabalho docente V. e refletem na qualidade do ensino. Este artigo tem como objetivo discutir os principais aspectos que afetam o exercício da profissão docente, considerando elementos como a valorização profissional, as condições de trabalho, as políticas públicas, as demandas sociais e os desafios enfrentados em sala de aula, como a indisciplina e a falta de recursos adequados. A análise busca evidenciar como tais fatores impactam o cotidiano escolar e a atuação do professor, apontando para a necessidade de reflexões e ações que contribuam para a melhoria das condições de ensino e para o fortalecimento do papel do educador na sociedade contemporânea.

 

Palavras-chave: Educação. Professor. Desvalorização.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Educar é transmitir conhecimentos, valores, habilidades, comportamentos e atitudes. A educação é um processo contínuo do desenvolvimento humano e ocorre em diferentes momentos. Pode-se considerar que a educação é uma forma de intervenção no mundo. (Freire, 1996. Página 38)

A educação não se limita apenas a conteúdos acadêmicos. Ela promove crescimento emocional, social e ético preparando o individuo para viver, transformar e exercer conhecimentos adquiridos de forma consciente, crítica e responsável. Para Paulo Freire, a educação é instrumento, ferramenta de tomada de consciência do ser indivíduo para tornar-se ser social, inserido numa coletividade. (BARRETO, 1998; FREIRE, 2002)

A escola surge a partir da necessidade de sistematizar saberes, preservar, organizar e transmitir conhecimentos. Apesar de se adequar de acordo com as necessidades e valores de cada época, a escola também ajuda seus alunos na inserção social de fato, institui a cidadania. É ela o lugar onde as crianças deixam de pertencer exclusivamente a família para integrarem-se numa comunidade mais ampla em que os indivíduos estão reunidos não por vínculos de parentesco ou de afinidade, mas pela obrigação de viver em comum. A escola institui, em outras palavras, a coabitação de seres diferentes sob a autoridade de uma mesma regra. (Canivez, 1991, página 33)

Em síntese, a educação acontece de forma contínua e complexa. Pode ser promovida de diversas maneiras, como em instituições de ensino com currículo definido, na troca de experiências entre família e amigos e na experimentação de diferentes culturas. Ela é tão importante que é direito garantido possuindo leis e diretrizes como consta no Estatuto da Criança e Adolescente–ECA (2009):

 

Art.53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania, e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. direito de ser respeitado por seus educadores;

III. Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

IV. Direito de organização e participação em entidades estudantis;

V. acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

 

Entre muitos agentes envolvidos na função de educar, destaca-se o professor. Sua função antigamente era apenas ensinar de forma mecanizada, preparando mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, sem se preocupar com assimilação de conteúdos. Atualmente, após passar por mudanças significativas atribui-se ao professor o dever de despertar pensamento crítico, incentivar a curiosidade e participar na construção de valores que poderão influenciar e orientar a convivência em sociedade. Para Tardif (2004)

 

Em seu trabalho, um professor se serve de sua cultura pessoal, que provém de sua história de vida anterior e de sua cultura escolar anterior, ele também se apoia em certos conhecimentos disciplinares adquiridos na universidade, assim como em certos conhecimentos didáticos e pedagógicos oriundos de sua formação profissional; ele se apoia também naquilo que podemos chamar de conhecimentos curriculares veiculados pelos programas, guias e manuais escolares; ele se baseia também em seu próprio saber ligado à experiência de trabalho, na experiência de certos professores e em tradições peculiares ao ofício de professor. (TARDIF, 2004, p.262-263)

 

A lei nº 9.394/96 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Em resumo, a lei organiza o sistema educacional em níveis e modalidades, define responsabilidades dos entes federativos e traça os princípios da educação no país. Dessa forma, no artigo 13 da LDB trata-se sobre as funções do professor:

 

I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

III. zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV. estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor rendimento;

V. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade

 

Muito se espera do professor, frequentemente reconhecido como a essência da instituição de ensino. Diversos estudos, reformulações e diretrizes têm sido elaborados no intuito de definir com precisão suas atribuições e responsabilidades. Mas, antes de tudo, é preciso ouvi-lo. Cury (2003) enfatiza que:

 

... os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos.” (2003, p.65)

 

 

FATORES QUE AFETAM O TRABALHO DO PROFESSOR

 

O trabalho do professor é fundamental para a formação e desenvolvimento dos estudantes, mas ultrapassa a mera transmissão de conteúdos. É uma prática social, política e cultural que exige habilidades pedagógicas, socioemocionais e cognitivas. Contudo, este trabalho é atravessado por múltiplos fatores que condicionam sua qualidade. Segundo Tardif (2012), a docência deve ser compreendida a partir das interações entre professores, alunos, instituições e sociedade. Assim, analisar e compreender os fatores que afetam o trabalho do professor é fundamental para a valorização da profissão e para a melhoria da educação.

 

 

Fatores institucionais

 

A infraestrutura escolar e os recursos pedagógicos disponíveis afetam de maneira significativa o trabalho docente. Escolas com salas superlotadas, ausência de materiais didáticos e falta de apoio da gestão dificultam a prática pedagógica. A valorização do professor está basicamente ligada às condições de trabalho que a instituição oferece. Segundo Moran (2000), entende-se como infraestrutura as condições e meios disponíveis para desenvolver um trabalho menos desgastante, trazendo mais conforto para a produtividade e saúde do trabalhador.

 

Uma organização inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto pedagógico coerente, alerta, participativo; com infraestrutura adequada, atualizada, confortável; com tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas. Uma organização que congregue docentes bem-preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente; bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais, onde haja circunstâncias favoráveis a uma relação efetiva com alunos que facilite conhece-los acompanha-los, orienta-los. (Moran, 2000, p. 14)

 

Se considerarmos que a escola é um ambiente de formação e desenvolvimento, sua estrutura física deve ser atrativa para despertar vontade e pertencimento tornando-se cenário de múltiplos interesses tanto para o aluno, quanto para o professor.

 

O espaço escolar não é apenas um continente, um recipiente que abriga alunos, livros, professores, um local em que se realizam atividades de aprendizagem. Mas é também um conteúdo, ele mesmo educativo. Escola é mais do que quatro paredes, é clima, espírito de trabalho, produção de aprendizagem, relações sociais de formação de pessoas. O espaço tem que gerar ideias, sentimentos, movimentos no sentido da busca do conhecimento, tem que despertar interesse em aprender, além de ser algo alegre, aprazível e confortável, tem que ser pedagógico. O aluno aprende dele lições sobre a relação entre corpo e a mente, o movimento e o pensamento, o silencio e o barulho do trabalho que constroem conhecimento. (DAVIS, 1993, P.53)

 

 

Fatores relacionados ao aluno

 

O aluno é o centro do processo educativo, e suas características individuais influenciam diretamente o trabalho docente.

Durante processos de socialização, a criança tem oportunidade de desenvolver a sua identidade e autonomia. Interagindo com os amiguinhos se dá a ampliação de laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos. Isso poderá contribuir para o reconhecimento do outro e para a constatação das diferenças entre as pessoas; diferenças essas, que podem ser aproveitadas para o enriquecimento de si próprias. As instituições de educação infantil se constituem em espaços de socialização, propiciam o contato e o confronto com adultos e crianças de várias origens socioculturais, de diferentes religiões, etnias, costumes, hábitos e valores, fazendo dessa diversidade um campo privilegiado da experiência educativa. Desse modo, na escola, criam-se condições para as crianças conhecerem, descobrirem e ressignificarem novos sentimentos, valores, ideias, costumes e papéis sociais. (SILVA, 2008).

Ritmos de aprendizagem distintos, dificuldades de leitura, escrita e interpretação, além de questões comportamentais, exigem estratégias diversificadas. De acordo com Libâneo (2013), a heterogeneidade dos estudantes impõe ao professor a necessidade de adotar metodologias diferenciadas, capazes de atender às necessidades específicas de cada indivíduo. Além disso, propostas de trabalho diversificadas e treinamento para as avaliações externas fazem com que as cobranças aumentem exigindo do professor mais tempo de trabalho, pois cada vez mais introduzem um volume de novos requisitos que o professorado passa a se sentir responsabilizado e culpado pelo seu desempenho, medido e avaliado desde fora do que acontece no seu espaço de trabalho, impelido a obter mais formação e buscar privadamente alternativas para melhorar seu desempenho, como se isso não fosse responsabilidade do coletivo escolar e do sistema de ensino. (Hypolito, 2011, p.13)

Há décadas se discute sobre o problema de indisciplina. Essas discussões já ultrapassam os limites da escola já que cenas de agressão e desacato ao professor alcançaram a impressa comum. A indisciplina escolar configura-se como um dos principais desafios enfrentados pelos educadores no contexto contemporâneo. Mais do que simples atos de desobediência, trata-se de um fenômeno multifatorial, relacionado a aspectos sociais, familiares e pedagógicos.

Boa parte dos professores está à beira de um ataque de nervos porque não consegue controlar a bagunça que come solta dentro das salas de aula. E o que é pior: não bastassem conversinhas, os risinhos, as guerrinhas de papel, o respeito pela figura do professor passou a ser tão raro como uma nota 10 em redação (Revista Veja, 1996, p. 54).

 

 

Fatores sociais

 

O trabalho do professor muitas vezes, é alvo de diferentes olhares e julgamentos por parte da sociedade. Se por um lado o professor é reconhecido como figura central na formação humana, por outro, muitas vezes é alvo de críticas, desvalorização e expectativas contraditórias. Esse julgamento social adoece entre o ideal da função de professor – requerido pelo sistema, como pelos alunos (e seus familiares) e pelo próprio aspirante à função de educador – e as condições que o mercado de trabalho impõe, perdura um espaço de tensão que ocasiona um nível de estresse elevado, pressionando para baixo a eficiência da atividade docente (Esteve, 1999: 9).

Conforme Libâneo (2012), o processo educativo é condicionado por fatores sociais, culturais e econômicos que transcendem a ação individual do professor. No entanto, o imaginário social tende a atribuir-lhe a total responsabilidade, ignorando o papel da família, da gestão escolar e das políticas públicas. Lira (2013) complementa que é essencial que a questão da desvalorização da profissão docente possa ser encarada como um problema a ser enfrentado a partir de uma política pública de Estado. Para que a mesma possa modificar a situação do professor, e não como mecanismos paliativos que em vez de melhorar a situação desse profissional acaba por impor novas exigências, ocasionando arrocho salarial, perda de garantias trabalhistas e previdenciárias. O desafio é articular o discurso político de valorização da profissão (ideia) com as possibilidades de sua materialização (efetivação) a fim de superar as questões[...] (LIRA, 2013, p. 09).

O prestígio social da profissão também se transformou ao longo do tempo. Paulo Freire (1996) lembra que ensinar é um ato político, que exige respeito e compromisso social, mas o cenário atual revela um enfraquecimento dessa autoridade docente. Muitos professores enfrentam desrespeito e até violência, o que evidencia a distância entre o reconhecimento idealizado e a realidade vivenciada no cotidiano escolar.

 

 

Fatores familiares

 

O contexto social e familiar dos alunos exerce influência direta sobre a aprendizagem e, consequentemente, sobre o trabalho docente. É preciso reconhecer a importância da relação entre escola e família. De acordo com Dessen e Polonia (2005):

 

Quando a família e a escola mantêm boas relações, as condições para um melhor aprendizado e desenvolvimento da criança podem ser maximizadas. Assim, pais e professores devem ser estimulados a discutirem e buscarem estratégias conjuntas e específicas ao seu papel, que resultem em novas opções e condições de ajuda mútua (DESSEN e POLONIA, 2005, p. 304).

 

Pais que não participam da educação dos filhos caracterizam-se pela ausência de envolvimento ativo no processo formativo, o que se manifesta na não presença em reuniões escolares, no desinteresse pelo acompanhamento das tarefas, na falta de diálogo sobre o desempenho acadêmico e na omissão quanto ao estabelecimento de rotinas de estudo. Esse afastamento transfere de maneira exclusiva à escola a responsabilidade pelo desenvolvimento da criança, enfraquecendo a relação de parceria necessária entre família e instituição de ensino. Conforme Oliveira e Marinho-Araújo. (2010, p. 105)

 

... na visão das famílias as interações estabelecidas com a escola ocorrem nos horários de saída, nas reuniões de pais convocadas pela escola ou em datas comemorativas, o que ilustra um relacionamento superficial e limitado a situações ‘formais’ (MARINHO-ARAÚJO, 2010, p. 105).

 

É indispensável à participação da família nos processos educativos para que a escola cumpra sua função social. Nesse sentido, quando os pais se omitem, não apenas o rendimento acadêmico é comprometido, mas também o desenvolvimento moral, social e emocional do estudante. Oliveira e Marinho-Araújo (2010) ressaltam que o engajamento familiar constitui um dos fatores determinantes para o sucesso escolar, pois possibilita maior acompanhamento do percurso educativo e favorece a construção de valores e responsabilidades. Assim, a ausência desse apoio pode gerar lacunas significativas no processo de aprendizagem e na formação integral da criança, dificultando sua autonomia e inserção social.

 

 

Fatores pessoais do professor

 

A qualidade de vida dos professores pode ser analisada em diferentes dimensões. Do ponto de vista físico e de saúde, observa-se que a sobrecarga de trabalho, as longas jornadas e a necessidade de levar atividades para casa contribuem para o cansaço, sedentarismo e problemas relacionados à voz e postura. Para Rodriguez e Alves (2008):

 

A qualidade de vida no trabalho na maioria das vezes ocorre em função de um conjunto de fatores que independem do profissional. O que se observa é que a atribulação da vida diária, inclusive, precisando dar aulas em diversos lugares para garantir uma vida financeira mais estável, acabam [sic] por levar o profissional docente a não perceber o nível de qualidade de trabalho oferecido. Muitas vezes estão envolvidos em escolas que não oferecem as condições mínimas de exercer suas atividades com dignidade, com respeito e ética, além de receberem um salário muito aquém de sua capacidade, de seu esforço e, especialmente, de sua responsabilidade quanto à educação dos jovens e adolescentes sob sua responsabilidade (Rodriguez e Alves, 2008, p. 7).

 

No aspecto psicológico e emocional, a pressão por resultados, a indisciplina em sala de aula, a burocracia e a ausência de reconhecimento impactam diretamente o equilíbrio emocional do professor. Casos de estresse, ansiedade e síndrome de burnout têm se tornado cada vez mais frequentes. Em síntese, os sentimentos podem ser definidos como:

 

A dor de um profissional encalacrado entre o que pode fazer e o que efetivamente consegue fazer, entre o céu de possibilidades e o inferno dos limites estruturais, entre a vitória e a frustração; é a síndrome de um trabalho que voltou a ser trabalho mas que ainda não deixou de ser mercadoria (CODO, apud KUENZER, 2004, p. 115).

 

No campo social e familiar, a baixa remuneração e a necessidade de acumular vínculos empregatícios reduzem o tempo disponível para lazer, convívio familiar e autocuidado. Além disso, a precariedade das condições de trabalho como turmas superlotadas, infraestrutura deficiente e falta de recursos pedagógicos intensifica a insatisfação profissional. Gentili (2008, p. 45), discute a complexidade do tema, resumindo que:

 

... a precariedade salarial está associada, assim, à progressiva precariedade das condições de trabalho pedagógico nas escolas. O baixo investimento em educação resulta em péssimas condições de infra-estrutura escolar, falta de material didático apropriado, ausência de bibliotecas e, como vimos, em salas de aula superlotadas. Os governos neoliberais tentaram atenuar essa situação mediante programas de modernização periférica que fizeram da chamada “transformação educacional” uma verdadeira caricatura do que deveria ser uma política pública democrática: compra de alguns poucos computadores, instalação de antenas parabólicas e aparelhos de vídeo, fax e data shows em escolas com goteiras permanentes, sem saneamento básico, com um único banheiro para meninos e meninas, muitas vezes sem giz e até mesmo sem energia elétrica.

 

Apesar disso, muitos professores encontram realização no impacto social de sua profissão. A possibilidade de transformar vidas por meio da educação, o reconhecimento de alunos e famílias e a construção de vínculos afetivos no ambiente escolar são fatores que contribuem para a manutenção da motivação e da identidade profissional, ainda que em meio a desafios.

 

 

CONCLUSÃO

 

O trabalho docente sofre a influência de múltiplos fatores, como condições estruturais precárias, excesso de demandas burocráticas, falta de recursos pedagógicos, desvalorização social e desafios relacionados à indisciplina escolar. Esses elementos, somados, comprometem não apenas a eficácia do processo de ensino-aprendizagem, mas também a motivação e a saúde física e emocional do professor.

Nesse sentido, a busca por soluções deve contemplar políticas públicas que assegurem melhores condições de trabalho, formação continuada, valorização profissionais e apoio psicológico. Também se faz necessárias ações institucionais voltadas ao fortalecimento da parceria entre família e escola, bem como à promoção de ambientes democráticos e inclusivos, revelam-se essenciais.

Assim, enfrentar os desafios que permeiam a prática docente significa investir na valorização do professor e, consequentemente, na qualidade da educação, reconhecendo-o como agente central na transformação social.

Ainda existem professores que amam educar. Esses educadores encontram realização pessoal e profissional ao ver o progresso de seus alunos e perceber que seu trabalho gera impacto social. Valorizar esses profissionais não significa apenas reconhecer seu esforço diário, mas também oferecer condições adequadas de trabalho, apoio psicológico, formação continuada e respeito social. Afinal, investir na motivação e bem-estar do professor é investir na qualidade da educação e no futuro da sociedade.

 

 

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