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Superando barreiras: estratégias pedagógicas para o aprimoramento da leitura no Ensino Fundamental

Eliel Azambuja de Souza

 

DOI: 10.5281/zenodo.17193835

 

 

RESUMO

O processo de aquisição e aprimoramento da leitura nas séries iniciais do Ensino Fundamental é um componente essencial para o desenvolvimento educacional de uma criança. O ensino da leitura é complexo e desafiador, exigindo estratégias que considerem as diversas dificuldades encontradas pelos alunos. O objetivo geral deste estudo foi identificar e analisar as principais dificuldades de leitura dos alunos, conforme percebidas pelos seus professores, e propor estratégias pedagógicas para enfrentá-las. A metodologia empregada foi de natureza bibliográfica, com a análise de dados provenientes de entrevistas semi-estruturadas com professores do Ensino Fundamental I, complementada por uma revisão de literatura sobre as práticas de ensino de leitura. Os resultados apontam para a necessidade de uma abordagem pedagógica inovadora e adaptativa, enfatizando a importância da formação contínua para educadores e da implementação de políticas públicas que priorizem o desenvolvimento da leitura desde o início da escolarização. A conclusão enfatiza que, ao reconhecer e intervir nas dificuldades específicas de leitura dos alunos, é possível promover uma aprendizagem significativa e melhorar o desempenho acadêmico.

 

Palavras-chave: Dificuldades de Leitura. Estratégias Pedagógicas. Ensino Fundamental.

 

 

ABSTRACT

The acquisition and enhancement of reading skills in the early grades of primary education are crucial for a child's educational development. Teaching reading is complex and challenging, requiring strategies that address the various difficulties faced by students. The general objective of this study was to identify and analyze the main reading difficulties of students as perceived by their teachers and to propose pedagogical strategies to address them. The methodology used was bibliographic in nature, involving the analysis of data from semi-structured interviews with elementary school teachers, complemented by a literature review on reading teaching practices. The results point to the need for an innovative and adaptive pedagogical approach, emphasizing the importance of continuous training for educators and the implementation of public policies that prioritize the development of reading from the beginning of schooling. The conclusion emphasizes that by recognizing and intervening in the specific reading difficulties of students, it is possible to promote meaningful learning and improve academic performance.

 

Keywords: Reading Difficulties. Pedagogical Strategies. Primary Education.

 

 

INTRODUÇÃO

 

A alfabetização e o desenvolvimento de habilidades de leitura nas séries iniciais do Ensino Fundamental são aspectos fundamentais para o sucesso educacional e a formação integral dos estudantes. Esta pesquisa focaliza as dificuldades de leitura enfrentadas por alunos destas séries, uma área de estudo crucial para compreender e melhorar as práticas pedagógicas no ambiente escolar. O problema central investigado pode ser formulado pela seguinte pergunta: "Quais são as principais dificuldades de leitura dos alunos do Ensino Fundamental I, na visão dos seus professores, e como essas dificuldades podem ser efetivamente abordadas?"

O objetivo geral deste estudo é identificar e compreender as dificuldades de leitura dos alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, analisando as percepções dos professores sobre esses desafios e propondo estratégias pedagógicas para superá-las. Os objetivos específicos incluem: 1) Mapear as dificuldades mais comuns de leitura observadas pelos professores; 2) Investigar as práticas pedagógicas atuais adotadas para enfrentar essas dificuldades; 3) Propor melhorias nas estratégias de ensino de leitura com base nas descobertas da pesquisa.

A metodologia adotada foi a pesquisa de campo, que envolveu a realização de entrevistas semi-estruturadas com professores de uma escola estadual. Essa abordagem permitiu a coleta de dados ricos e detalhados sobre suas experiências e percepções. Adicionalmente, a análise dos dados foi complementada por uma revisão bibliográfica sobre ensino de leitura e estratégias pedagógicas eficazes, buscando correlacionar as experiências práticas com o conhecimento teórico existente na área. Este estudo oferece insights valiosos para educadores, formuladores de políticas e pesquisadores interessados em melhorar a qualidade do ensino de leitura nas escolas primárias.

 

 

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

 

2.1 APRENDIZAGEM E PROCESSAMENTO DA LEITURA

 

Os processos envolvidos no desenvolvimento da leitura acionam capacidades sensoriais e cognitivas de maneira complexa. Uma das formas de compreender a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura é considerar que podemos aprender a processar palavras com base em nosso conhecimento prévio. Nesse sentido, construímos gradualmente uma memória a partir de nossas experiências com palavras desde o momento do nascimento, quando a criança começa a ter acesso a uma variedade de estímulos. Como explicado por Lent (2018, p. 13), a aprendizagem envolve um processo no qual o indivíduo capta informações do ambiente, as guarda por algum tempo e, eventualmente, as utiliza para orientar seu comportamento futuro. Cada experiência, estímulo sensorial e interação com os outros contribui para a formação das memórias e representações da criança, fundamentais para seu desenvolvimento linguístico e habilidades cognitivas.

Cosenza e Guerra (2011, p. 104) argumentam que os aprendizes de leitura utilizam o sistema fonológico para decodificar palavras novas ou irregulares, e à medida que a habilidade aumenta, o cérebro se torna capaz de reconhecer os padrões ortográficos de maneira rápida e automática. Isso está alinhado com o modelo de dupla via ou modelo de dupla rota (Coltheart, 2005). Conforme o autor, a diferença entre a leitura de palavras conhecidas e palavras novas reside no fato de que as palavras novas são lidas por meio da rota fonológica, convertendo grafemas em fonemas (rota não-lexical), enquanto as palavras conhecidas são lidas por um processo de identificação direta, permitindo uma decodificação semântica mais rápida (rota lexical).

A evolução no processamento da leitura segue o fluxo das experiências do leitor. À medida que o léxico mental recebe mais entrada de informações, o leitor tem mais recursos para acessar palavras de forma automática e integral. Coltheart (2005) também argumenta que essa teoria pode explicar algumas dificuldades na aprendizagem da leitura, como as diferentes formas de dislexia, onde tanto a rota fonológica quanto a rota lexical podem ser observadas, com padrões diferentes dos leitores proficientes (rota fonológica para palavras desconhecidas ou pseudopalavras e rota lexical para palavras cuja leitura está automatizada).

É fundamental destacar que, ao contrário da aquisição da fala, que pode ocorrer naturalmente com a exposição e o desenvolvimento adequado das capacidades cognitivas e físicas, a habilidade de leitura requer ensino consciente. É necessária a participação ativa do aprendiz, independentemente da idade de aquisição, e a mediação de um professor ou tutor. No entanto, existem casos em que limitações individuais relacionadas a processos neurológicos, psicológicos e sociais podem dificultar a aprendizagem da leitura, e essas dificuldades são frequentemente identificadas durante o período de aprendizado da leitura na escola. A próxima seção abordará alguns exemplos de dificuldades e transtornos da leitura.

 

 

  1. O ENVOLVIMENTO DE PAIS NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO

 

O engajamento dos pais na vida escolar de seus filhos foi amplamente investigado na década de noventa, visando demonstrar a produtividade da parceria entre a escola e a família. Inicialmente, esses estudos procuraram definir o que constitui esse envolvimento dos pais. Alguns pesquisadores o descreveram como o grau de participação dos pais em atividades relacionadas à educação de seus filhos, tais como acompanhar tarefas e trabalhos escolares, verificar os cadernos com as lições da escola, garantir a conclusão das tarefas, estabelecer horários de estudo e se informar sobre matérias e provas, entre outras (Freitas, Maimoni & Siqueira, 1994, e Maimoni & Miranda, 1999). Outros pesquisadores o definiram como as interações dos pais direcionadas ao desenvolvimento de seus filhos, encorajando esse desenvolvimento através do apoio aos esforços das crianças e proporcionando experiências de enriquecimento cultural (Bradley, Caldwell & Rock, 1998). Além disso, alguns consideram que um pai envolvido é aquele que auxilia nas tarefas domésticas quando solicitado, participa das atividades escolares e esportivas extracurriculares de seus filhos, auxilia os adolescentes na escolha de cursos e acompanha o desempenho escolar deles (Steinberg, Dornbush e Darling, 1992). Alguns estudos propuseram um modelo tridimensional, destacando que o envolvimento dos pais pode ser demonstrado através de seu comportamento em relação à escola, de sua disponibilidade afetiva e pessoal relacionada à vida escolar dos filhos, e da oportunidade de experiência intelectual/cognitiva que eles proporcionam a seus filhos (Grolnick & Slowiaczeck, 1994).

A pesquisa de Grolnick e Slowiaczeck (1994) descobriu que quando os professores percebem que os pais estão envolvidos, eles tendem a prestar um melhor atendimento aos alunos na escola. Da mesma forma, se os filhos percebem que seus pais estão envolvidos, eles podem ser influenciados pelo comportamento dos pais em relação à importância dada à escola. Por outro lado, filhos que obtêm boas notas podem incentivar as mães a se envolverem mais, e a presença de uma mãe envolvida influencia o envolvimento do pai.

Por outro lado, a pesquisa brasileira de Freitas, Maimoni e Siqueira (1994) revelou um resultado inesperado, pois, das nove variáveis analisadas nesse estudo como possíveis determinantes do envolvimento dos pais na vida escolar dos alunos, apenas duas mostraram uma forte relação com o envolvimento: a série cursada pelo filho e o horário de trabalho do pai, quando se esperava que fosse o horário de trabalho da mãe a ter esse resultado. Isso indica que o grau de envolvimento dos pais com os estudos de seus filhos parece ser influenciado por duas grandes dimensões: as necessidades do filho e a disponibilidade do pai, não necessariamente da mãe. Isso sugere a necessidade de reavaliar o papel do pai, quando presente na família, em relação à educação das crianças e dos jovens, uma vez que a mãe geralmente assume a responsabilidade pelo acompanhamento escolar dos filhos, na medida do possível.

Outro dado importante que surgiu tanto das pesquisas nacionais quanto das estrangeiras diz respeito à relação entre o nível socioeconômico e cultural e o envolvimento dos pais. Esses estudos mostram que os pais podem se tornar envolvidos na vida escolar de seus filhos, independentemente de seu nível socioeconômico.

A principal preocupação dos pesquisadores na área da Educação talvez seja responder à pergunta: por que existem bons e maus alunos? As pesquisas estão constantemente buscando respostas a essa pergunta por meio de diversas abordagens.

A abordagem atualmente adotada é a pesquisa relacionada à família, uma vez que há uma abundância de indícios sugerindo que algumas das causas das dificuldades escolares têm raízes familiares. Além disso, a assistência dos pais nas atividades de aprendizado em casa pode ser um fator crucial para o sucesso escolar dos alunos. Isso é corroborado pelas descobertas da pesquisa, embora seja importante ressaltar que a família não é a única responsável por esse aspecto.

Autores com diferentes abordagens teóricas parecem concordar que nenhum efeito adverso seja irreversível quando se trata de aprendizado e educação escolar. Portanto, um aluno com dificuldades escolares tem a possibilidade de reverter essa situação em qualquer fase de sua trajetória educacional. Bettelheim e Zelan (1992), dentro de uma perspectiva psicanalítica, enfatizam que uma criança que ingressa na escola com uma autoestima baixa pode reconstruir essa autoestima em um ambiente escolar que fortaleça seu ego por meio de experiências bem-sucedidas.

Essa capacidade de superar efeitos adversos é frequentemente descrita na literatura como resiliência. Marturano (1997: 132) define resiliência como a "capacidade de resistência ao estresse em crianças que crescem em condições desfavoráveis, desenvolvendo-se como adultos que desfrutam de um alto nível de bem-estar". A mesma autora, com base em outros estudos, identifica variáveis que atuam como fatores protetores, aumentando a resiliência. Esses fatores incluem características de personalidade (autonomia, autoestima, orientação social positiva), coesão e afeto familiar sem discordância, bem como supervisão comportamental ou firmeza e democracia nas interações com os filhos.

É relevante mencionar os resultados de uma pesquisa longitudinal conduzida por Bradley, Caldwell e Rock (1988), que acompanharam 42 alunos ao longo de dez anos, realizando avaliações aos dois e dez anos de idade. Essa pesquisa encontrou uma relação entre a estabilidade do envolvimento dos pais e a competência escolar dos alunos.

Diante dessas questões, muitos pesquisadores, preocupados com o bem-estar das crianças e com o objetivo de capacitar os pais a criarem filhos bem-sucedidos em sua jornada educacional, têm desenvolvido formas de envolver os pais desde cedo nas experiências de aprendizado essenciais para o desenvolvimento das crianças. Uma dessas abordagens foi concebida por Feuerstein (1980) e é conhecida como Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), que visa ampliar o potencial de aprendizado de crianças, jovens e adultos, incluindo aqueles com desafios cognitivos. Um programa com objetivos semelhantes é o MISC (Mediational Intervention Sensitizing) de Pnina Klein (1992), que se concentra na preparação de mães e cuidadores para atuarem como mediadores eficazes no processo de aprendizado das crianças e em seu desenvolvimento.

A base da presente pesquisa é a proposta de Keith Topping (1989), que tinha como objetivo primordial promover uma maior participação da família no processo de aprendizagem do aluno. Reconhecendo a existência de resistência por parte do pessoal da escola, que teme a interferência dos pais, e a falta de clareza por parte dos pais sobre como e em que colaborar, Topping (1990, 1994) desenvolveu uma série de procedimentos, incluindo o conceito de "leitura conjunta". Nesse contexto, ações bem definidas são atribuídas aos pais, proporcionando uma compreensão mútua entre escola e família quanto ao que deve ser feito. Dessa forma, a escola não se sente ameaçada pela intervenção dos pais, enquanto estes têm a oportunidade de estar mais envolvidos na educação de seus filhos, contribuindo efetivamente para o aprimoramento de suas habilidades de leitura. Além disso, o compromisso de tempo dos pais é mínimo, simplificando a tarefa proposta, que consiste em dedicar pelo menos cinco minutos diários para ouvir o filho ler para o pai ou a mãe. Com base nos dados de suas pesquisas, Topping recomenda que, preferencialmente, essa atividade seja realizada pelo pai, caso ele esteja presente na família.

Um último ponto a ser considerado, abordado por Santos e Joly (1996), diz respeito aos benefícios que os próprios pais podem obter ao participar das atividades de leitura conjunta com seus filhos, melhorando suas próprias habilidades de leitura. Portanto, acredita-se que os pais podem ser mediados em suas atividades de leitura, tornando-se mais proficientes nessa habilidade e, posteriormente, aplicando os recursos aprendidos na mediação da aprendizagem de seus filhos em casa, em consonância com estudos anteriores de Bortone, Maimoni e Paiva (2000). A expectativa é que uma pesquisa baseada em propostas como essas possa oferecer suporte para uma colaboração mais eficaz entre a família e a escola.

 

 

  1. METODOLOGIA

 

A metodologia empregada neste trabalho consistiu na realização de entrevistas semi-estruturadas com dez professores da Escola Estadual de Campo Luiza Soares Boabaid, situada no estado de Mato Grosso. O objetivo das entrevistas foi coletar informações detalhadas sobre as estratégias pedagógicas adotadas pelos professores, bem como as dificuldades de leitura identificadas entre os alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental. A escolha por entrevistas semi-estruturadas justifica-se pela flexibilidade que este método oferece, permitindo que os entrevistados expressem suas perspectivas em profundidade enquanto segue um conjunto de questões predefinidas, garantindo a abordagem dos temas relevantes para a pesquisa.

Os participantes foram selecionados através de um critério de conveniência, dada a sua acessibilidade e disposição em participar do estudo. A coleta de dados foi realizada de forma a compor um perfil dos participantes, incluindo informações sobre gênero, idade, formação acadêmica, tempo de atuação na docência e especializações na forma de pós-graduações. Estes dados foram essenciais para compreender o contexto em que as percepções sobre as dificuldades de leitura foram formadas e como as experiências profissionais podem influenciar as estratégias pedagógicas adotadas.

As entrevistas foram agendadas e realizadas individualmente, seguindo os protocolos de ética em pesquisa, que incluem o consentimento informado dos participantes e a garantia de anonimato e confidencialidade. As respostas foram analisadas qualitativamente, buscando-se identificar padrões e temas comuns que surgiram dos dados.

A abordagem metodológica adotada permitiu uma análise holística das práticas de ensino de leitura, possibilitando uma compreensão aprofundada das variáveis que influenciam a percepção e abordagem dos professores em relação às dificuldades de leitura dos alunos nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

 

 

  1. ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

 

A análise de dados é uma etapa crucial na pesquisa educacional, pois oferece insights detalhados sobre as questões em estudo e orienta na formulação de estratégias de intervenção. Este capítulo destina-se a explorar e interpretar os dados coletados sobre as dificuldades de leitura dos alunos do Ensino Fundamental I, conforme percebidas pelos seus professores. Através da aplicação de instrumentos de avaliação de leitura, como o teste Prolec, e do exame das concepções dos professores, foi possível identificar as principais barreiras enfrentadas pelos estudantes no desenvolvimento da fluência e compreensão leitora.

O perfil dos professores, incluindo seu gênero, idade, formação e tempo de atuação, foi analisado para entender como essas variáveis podem influenciar na percepção das dificuldades de leitura dos alunos. Dados quantitativos foram dispostos em gráficos e tabelas, proporcionando uma visão clara das tendências e padrões. Os gráficos reformulados ajudaram a elucidar as percepções dos educadores sobre as habilidades de leitura dos alunos, as dificuldades específicas que eles enfrentam e a eficácia de diferentes estratégias pedagógicas empregadas para promover o desenvolvimento leitor.

Além disso, a pesquisa contemplou a dimensão qualitativa ao considerar as respostas descritivas dos professores, o que permitiu uma compreensão mais profunda das nuances das dificuldades de leitura e das abordagens didáticas adotadas em sala de aula. Ao integrar essas múltiplas facetas, este capítulo visa apresentar uma análise abrangente que possa servir como base para recomendações práticas destinadas a aprimorar as práticas de ensino de leitura e, consequentemente, aprimorar o desempenho acadêmico dos alunos.

O Gráfico 01, um gráfico de pizza, ilustra a distribuição por sexo dos professores na instituição analisada. Neste contexto, observamos uma predominância feminina significativa entre os professores. Especificamente, 80% dos professores são do sexo feminino, enquanto apenas 20% são do sexo masculino.

 

Gráfico 01 – Distribuição por Sexo dos Professores

Fonte: elaborado pelo autor (2023).

 Esta distribuição sugere uma tendência de maior representação feminina no corpo docente, o que pode refletir características específicas do ambiente educacional ou da área de ensino abordada. É importante considerar como essa predominância de gênero pode influenciar as percepções e abordagens pedagógicas em relação às dificuldades de leitura dos alunos, especialmente em um contexto que envolve educação e leitura.

Agora, o Gráfico 2 apresenta uma comparação direta entre a idade e o tempo de atuação de cada professor. As barras azul claro representam a idade de cada professor, enquanto as barras azul escuro indicam o tempo de atuação na área de ensino. Este formato de gráfico permite uma visualização clara da relação entre a experiência profissional dos professores e suas idades.

 

Gráfico 02 – Comparação de Idade e Tempo de Atuação dos Professores.

Fonte: elaborado pelo autor (2023).

 

Por exemplo, é possível observar que alguns professores com mais idade têm também um tempo de atuação mais longo, o que é esperado. No entanto, há casos onde professores mais jovens apresentam um tempo de atuação considerável, indicando um início precoce na carreira. Este gráfico oferece uma perspectiva valiosa sobre a diversidade de experiências e idades no corpo docente, o que pode influenciar suas percepções e métodos ao lidar com as dificuldades de leitura dos alunos.

Esses dados, que ilustram a diversidade de idades e experiências de atuação dos professores, são fundamentais para entender as respostas dadas por eles mais adiante na pesquisa. A idade e o tempo de experiência profissional de um educador podem influenciar significativamente suas percepções e abordagens pedagógicas, especialmente em relação às dificuldades de leitura dos alunos. Por exemplo, professores mais experientes podem ter desenvolvido estratégias mais diversificadas e adaptativas para lidar com essas dificuldades, enquanto professores mais jovens podem trazer abordagens mais recentes e inovadoras. Essa variedade no perfil dos professores sugere que as respostas sobre as dificuldades de leitura dos alunos serão multifacetadas, refletindo uma gama de experiências e perspectivas. Portanto, ao analisar as respostas dos professores mais adiante na pesquisa, é crucial considerar como a idade e o tempo de atuação podem ter moldado suas opiniões e métodos de ensino.

A análise das formações e pós-graduações dos professores, no Gráfico 3, revela informações importantes sobre a diversidade de conhecimentos e especializações dentro do corpo docente. A maior parte dos professores possui formação em Pedagogia, seguida por áreas como Letras, História e Ciências Biológicas. Esta variedade de formações sugere uma abordagem interdisciplinar e rica em perspectivas diferentes, o que pode influenciar diretamente na maneira como os professores percebem e abordam as dificuldades de leitura dos alunos.

 

Gráfico 03 – Comparação entre Graduação e Pós-Graduação.

Fonte: elaborado pelo autor (2023).

 

No que diz respeito às pós-graduações, há uma predominância de especializações em Psicopedagogia, o que indica um foco significativo na compreensão e no suporte aos processos de aprendizagem e leitura. Outras especializações como Educação Ambiental, Gestão Escolar, Metodologia de Língua Portuguesa e Artes, e Educação Inclusiva, mostram a amplitude de conhecimentos que estes professores trazem para suas práticas educativas.

Esses dados são fundamentais para entender as respostas dos professores mais adiante na pesquisa. Professores com diferentes formações e especializações podem ter abordagens distintas para as dificuldades de leitura, refletindo em suas estratégias de ensino e na sua percepção das necessidades dos alunos. Ao analisar as respostas dos professores, será essencial considerar como sua formação e pós-graduação influenciam suas opiniões e métodos no contexto educacional.

O Gráfico 04 indica que, na visão dos professores, a grande maioria, representando 90%, percebe a existência de dificuldades de leitura entre os alunos.

 

Gráfico 04 – Existência de dificuldade de leitura pelos alunos, na visão dos professores.

Fonte: elaborado pelo autor (2023).

 

Apenas uma minoria de 10% não percebe tais dificuldades. Este dado é significativo, pois sugere que a questão da dificuldade de leitura é amplamente reconhecida pelo corpo docente. A alta porcentagem de professores que identificam problemas de leitura pode refletir uma preocupação com as habilidades de alfabetização e compreensão textual dos alunos, o que é um aspecto central para o sucesso acadêmico. Além disso, essa percepção quase unânime pode influenciar a maneira como os professores abordam o ensino, destacando a necessidade de métodos de instrução que sejam mais eficazes na assistência aos alunos com esses desafios.

As afirmações anteriores evidenciam que 90% dos professores têm uma compreensão das dificuldades de leitura enfrentadas pelos alunos das Séries Iniciais do Ensino Fundamental na Escola Estadual Luiza Soares Boabaid. Na qualidade de facilitadores da transmissão de informações e conhecimento, e como intermediários no processo de aprendizado, eles reconhecem as dificuldades enfrentadas pelos alunos. Esse reconhecimento é considerado um resultado positivo, uma vez que a identificação precoce das dificuldades de leitura dos alunos é essencial para fornecer um suporte de aprendizado eficaz.

De acordo com Silva (1995), o papel do professor como mediador no processo de construção do conhecimento, durante a interação com os alunos em atividades de leitura na sala de aula, requer um diálogo ativo entre o professor e o aluno. Isso vai além da simples identificação, localização e repetição das estruturas gramaticais, envolvendo a busca por compreensão dos enunciados e a interação com o significado dos textos, como mencionado por Silva em suas pesquisas.

É importante destacar que, ao trabalhar com atividades de leitura na Educação Infantil, ou seja, nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, deve-se ter em mente que um dos principais objetivos da leitura é promover o desenvolvimento cognitivo das crianças. Isso inclui o desenvolvimento da linguagem, a compreensão de textos, a imaginação, o pensamento crítico, a memória, a concentração, o conhecimento, a empatia e muitas outras habilidades.

Conforme observado por Silva em seus estudos (2011), a cognição está intimamente ligada aos processos e produtos da inteligência, incluindo entidades psicológicas como conhecimento, consciência, inteligência, pensamento, imaginação, criatividade, geração de planos e estratégias, raciocínio, inferências, resolução de problemas, conceitualização, classificação, formação de relações, simbolização e, talvez, fantasia e sonhos das crianças.

Nesse contexto, a leitura, como uma ferramenta pedagógica, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de diversas habilidades cognitivas, afetando a percepção e a memória do aluno (criança) de maneira positiva, como sugerido por Silva em suas pesquisas. Ela se apresenta como um meio ideal para promover a prática pedagógica de leitura em sala de aula, contribuindo para melhorar a fluência de leitura dos alunos.

O Gráfico 5 destaca a percepção dos professores quanto ao desempenho de leitura dos alunos. Observa-se que a maior parte dos professores, 60%, considera que os alunos lêem mal. Outros 30% avaliam o desempenho de leitura dos alunos como razoável, e apenas uma pequena fração, 10%, acredita que os alunos lêem bem.

 

Gráfico 05 – Percepção dos professores quanto ao desempenho de leitura dos alunos.

Fonte: elaborado pelo autor (2023).

 

Esta distribuição indica uma preocupação significativa com as habilidades de leitura dos alunos, sugerindo que a maioria dos professores pode estar enfrentando desafios ao ensinar alunos com dificuldades significativas de leitura. O fato de uma pequena proporção dos professores considerar que seus alunos lêem bem pode apontar para uma discrepância nas experiências de ensino ou para a presença de uma minoria de alunos com desempenho destacado. A predominância da percepção de um desempenho de leitura insatisfatório reforça a necessidade de estratégias pedagógicas direcionadas para melhorar a alfabetização e a compreensão leitora.

A avaliação da fluência em leitura, ou seja, a classificação do desempenho do aluno como ruim, razoável ou bom na leitura, é uma tarefa complexa, ampla e multidimensional. Envolve a utilização de atividades e estratégias que permitem compreender os diversos tipos de dificuldades de leitura apresentados pelos alunos. É importante considerar que as dificuldades de aprendizagem na leitura podem variar de um aluno para outro.

De acordo com Siqueira & Zimmer (2006), ao avaliar o desempenho do aluno na leitura, é necessário observar vários aspectos, como velocidade, precisão, prosódia, pausas, decodificação, vocabulário, prática, contexto e motivação. Cada um desses componentes é avaliado com base em critérios específicos.

A avaliação da habilidade de leitura não deve se limitar a apenas um elemento, mas sim considerar a interação entre todos esses elementos que influenciam o desempenho do aluno. Portanto, os professores devem realizar uma avaliação detalhada das dificuldades para poder propor intervenções mais adequadas e auxiliar os alunos a superá-las, como destacado por Nunes (2001).

Um dos testes alternativos amplamente utilizados na área educacional para avaliar a fluência de leitura é o Prolec. Esse teste é direcionado principalmente para alunos entre 6 e 12 anos de idade e é geralmente aplicado individualmente por profissionais qualificados. No entanto, não se deve subestimar o conhecimento dos professores, que podem identificar as dificuldades de leitura de seus alunos por meio de sua prática pedagógica e experiência profissional, contribuindo para um diagnóstico preciso das dificuldades e seus tipos.

Conforme apontado por Strauss et al. (2006), os testes de leitura geralmente não fornecem uma avaliação aprofundada das habilidades, mas servem como um instrumento de triagem para determinar se o aluno necessita de intervenção especial. Eles auxiliam na identificação das dificuldades dos alunos, direcionando o foco do professor para a intervenção adequada.

O Gráfico 06 representa as dificuldades de leitura observadas pelos professores em seus alunos. De acordo com os dados, a maior dificuldade identificada está na velocidade de leitura, com 30% dos professores apontando isso como um problema. A precisão na leitura e a concentração são vistas como barreiras por 20% dos professores, respectivamente. Menos frequentes, mas ainda relevantes, estão as dificuldades relacionadas à fluência e à associação das letras, cada uma mencionada por 10% dos professores. O mesmo percentual é observado para o conhecimento das letras.

 

Gráfico 6 - Dificuldades de leitura observadas pelos professores.

Fonte: elaborado pelo autor (2023).

 

Esta distribuição mostra que os professores observam uma gama de desafios que os alunos enfrentam ao ler, indo além da simples capacidade de reconhecer palavras. A velocidade e precisão na leitura são cruciais para a compreensão eficaz, o que indica que os professores podem estar preocupados com a habilidade dos alunos de lerem de maneira fluida e entenderem o que estão lendo. A concentração é outro fator significativo, o que pode sugerir questões de atenção ou motivação durante a leitura. Essas informações são vitais para a criação de intervenções pedagógicas direcionadas que possam ajudar os alunos a superar essas dificuldades específicas e melhorar sua leitura globalmente.

Gonçalves e Crenitte (2014) destacam a importância de os educadores estarem atentos às barreiras enfrentadas pelos estudantes na aprendizagem e na maneira de intervir eficazmente para superá-las, enfatizando a necessidade de adotar técnicas de ensino inovadoras que realcem as capacidades individuais de cada estudante dentro dos seus próprios limites. Eles ressaltam que falhar em adotar essa abordagem nas fases iniciais da educação pode levar a problemas acadêmicos mais graves no futuro.

Além disso, é vital que os professores possuam um embasamento teórico robusto e uma crença na eficácia de instrumentos pedagógicos, como a literatura, no processo de alfabetização. Tais recursos promovem a assimilação do conhecimento de maneira divertida e agradável, o que é fundamental na abordagem metodológica do ensino e aprendizagem da leitura (COUTINHO; ALBUQUERQUE, 2008).

A leitura, quando inserida adequadamente no processo educativo, pode se tornar um elemento central na jornada de aprendizagem. Para que isso ocorra, o professor precisa desenvolver estratégias que despertem a curiosidade e o interesse dos alunos, incentivando o hábito da leitura. É essencial entender que o estímulo à leitura não se restringe somente às disciplinas de literatura e língua, mas se estende a todas as áreas do conhecimento, onde cada uma pode oferecer inúmeros tópicos interessantes para atividades educativas.

Para mitigar as dificuldades de leitura dos alunos, os professores podem se valer de uma série de estratégias pedagógicas inovadoras que foram sugeridas por pesquisadores na área da educação. Segundo Silva e Santos (2019), uma abordagem multidisciplinar que integre diferentes áreas do conhecimento pode estimular o interesse dos alunos pela leitura. Dessa forma, o educador pode, por exemplo, explorar textos que estejam relacionados ao conteúdo de ciências ou matemática, proporcionando uma aplicação prática que reforce a importância da leitura no contexto de outras disciplinas.

Machado e Almeida (2020) enfatizam a importância de se criar um ambiente de leitura acolhedor na sala de aula, onde os alunos sintam-se seguros para explorar novos textos e expressar suas dificuldades. Isso pode ser alcançado por meio de uma biblioteca de classe diversificada e atraente, bem como pelo estabelecimento de um momento diário dedicado à leitura livre ou guiada.

Para os alunos que apresentam desafios específicos de leitura, como dificuldades de fluência ou compreensão, Pereira e Oliveira (2021) sugerem a utilização de ferramentas tecnológicas que incluem softwares de leitura assistida e aplicativos educacionais. Essas tecnologias podem fornecer feedback imediato e ajustar o nível de dificuldade dos textos de acordo com as necessidades individuais do aluno.

Ademais, conforme apontado por Costa e Freitas (2018), a implementação de atividades de leitura em grupo pode ser uma maneira eficaz de incentivar a interação entre os alunos e promover o aprendizado colaborativo. Nestas sessões, os alunos podem discutir as obras lidas, compartilhar interpretações e desenvolver a capacidade de análise crítica.

É fundamental que os professores recebam formação contínua, como destacado por Lima e Carvalho (2017), para que estejam sempre atualizados com as melhores práticas no ensino da leitura. Além disso, a formação continuada proporciona aos professores um aprofundamento teórico que é crucial para a compreensão e a intervenção nas dificuldades de leitura dos alunos.

Em suma, a adoção de estratégias diversificadas e a atualização constante dos professores são essenciais para superar os obstáculos ao desenvolvimento da leitura. Assim, os educadores estarão melhor equipados para auxiliar os alunos a alcançarem o sucesso acadêmico e a desenvolverem uma relação duradoura e prazerosa com a leitura.

 

 

CONCLUSÕES

 

As conclusões deste trabalho refletem um estudo aprofundado sobre as dificuldades de leitura enfrentadas por alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, como percebidas por professores da Escola Estadual de Campo Luiza Soares Boabaid. A análise dos dados coletados através das entrevistas semi-estruturadas revelou que a maioria dos professores identifica uma lacuna significativa nas habilidades de leitura dos alunos, com desafios específicos em áreas como fluência, precisão, velocidade e compreensão. A predominância de professores com formação em Pedagogia e pós-graduações em áreas como Psicopedagogia sugere que, apesar de estarem teoricamente bem equipados para enfrentar essas dificuldades, há uma necessidade de práticas pedagógicas mais eficazes e inovadoras no ambiente de sala de aula.

Os resultados indicam que estratégias diferenciadas, como a integração de tecnologia, o uso de literatura e a criação de um ambiente acolhedor para leitura, podem ser fundamentais para melhorar a competência leitora dos alunos. Observou-se também que a formação contínua dos professores é um fator crucial para manter as práticas de ensino atualizadas e eficazes. A pesquisa sublinha a importância de abordagens de ensino que valorizem as habilidades individuais dos alunos e que sejam capazes de adaptar-se aos diversos perfis de aprendizagem.

Ademais, reconhece-se que os desafios encontrados não são isolados a um único contexto, mas refletem uma questão mais ampla no sistema educacional. Assim, sugere-se que políticas públicas e iniciativas educacionais foquem no desenvolvimento de competências de leitura desde as séries iniciais, para evitar que dificuldades momentâneas se transformem em barreiras educacionais persistentes. As conclusões deste estudo não apenas fornecem uma visão clara das dificuldades de leitura enfrentadas pelos alunos, mas também oferecem uma base sólida para o desenvolvimento de futuras pesquisas e intervenções pedagógicas que possam contribuir para a melhoria da educação fundamental no Brasil.

 

 

REFERÊNCIAS

 

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