O teatro como ferramenta pedagógica
Fernanda Scorzoni Dalto
Cintia Maria Ferreira Martins
Roberta de Almeida
Tamires Aparecida Borges Teófilo
RESUMO
O referido trabalho vem demonstrar como o teatro pode ser usado como uma ferramenta pedagógica, fundamental na formação integral da criança. Com as atividades teatrais, o professor desenvolverá em seus alunos habilidades cognitivas, físicas, emocionais e sociais; além de, expressões corporais, gestuais, verbais, linguagem musical entre outras. O contato com o teatro também auxilia, o professor a alfabetizar, ensinar geografia, história, e até mesmo matemática. Promove a socialização, desenvolve e prioriza a noção de trabalho em grupo, sendo também um exercício de cidadania e um meio de ampliar o repertório cultural do aluno. Dessa forma, podemos afirmar que o mundo da fantasia estimula nos alunos o mundo de verdade.
Palavra-chave: Teatro. Ferramenta pedagógica. Criança.
ABSTRACT
This work demonstrates how theater can be used as a pedagogical tool, fundamental in the integral education of children. With theatrical activities, the teacher will develop cognitive, physical, emotional and social skills in their students; in addition, body expressions, gestures, verbal expressions, musical language, among others. Contact with the theater also helps the teacher teach literacy, teach geography, history, and even mathematics. It promotes socialization, develops and prioritizes the notion of group work, and is also an exercise in citizenship and a means of expanding the student's cultural repertoire. In this way, we can say that the fantasy world stimulates the real world in students.
Keywords: Theater. Pedagogical tool. Child.
INTRODUÇÃO
O termo teatro surgiu na Grécia; porém em língua portuguesa veio do latim theatrum, que por sua vez originou-se do grego théatron, derivado do verbo ver = theaomai, ou seja, théa = vista, visão (no sentido de panorama) + o sufixo [-tron] = instrumento, donde, "lugar onde se vê".O vocábulo teatro apresenta as seguintes acepções: Local onde se realizam os espetáculos, os próprios espetáculos, o conjunto de textos, produzidos por um autor e a interpretação.
Essas três acepções, somadas, levam-nos a ideia de que o teatro é a arte do espetáculo. Contudo, nem todo o espetáculo é teatro. Para que seja teatro são imperativos a pré-existência do texto e a representação sobre um palco. Sob essas características, texto e ação, o teatro adquire seu verdadeiro significado.
É difícil precisar quando surgiram as primeiras manifestações cênicas; entretanto, crê-se ter surgido entre os povos primitivos como parte de rituais, pois as sociedades primitivas realizavam rituais e práticas religiosas que continham elementos teatrais como a dança e as representações cênicas, destinadas a acalmar ou agradar os deuses e deles obter favorecimentos para a sobrevivência (fertilidade da terra, sucesso nas batalhas, etc.). Não raro, os personagens destas danças usavam máscaras que representavam seus deuses. De modo que podemos considerar o teatro como uma das mais antigas formas de arte.
A informação que temos vem das pinturas em cavernas e da decoração em artefatos. As informações mais completas e detalhadas que chegaram até nós, referem-se às encenações teatrais da Antiguidade Grega.
Mas o teatro não é uma invenção grega, espalhada pelo resto do mundo. É uma manifestação artística presente na cultura de muitos povos e se desenvolveu espontaneamente em diferentes latitudes, ainda que, na maioria dos casos, por imitação. Antes mesmo do florescimento do teatro grego na antiguidade, a civilização egípcia tinha nas representações dramáticas uma das expressões de sua cultura. Essas representações tiveram origem religiosa, sendo destinadas a exaltar as principais divindades da mitologia egípcia, principalmente Osíris e Ísis. Três mil e duzentos anos antes de cristo já existiam tais representações teatrais.
Os gregos podem ter acreditado que foram eles os inventores do teatro, mas de acordo com os registros deixados pelo povo egípcio, eles precederam os gregos nas apresentações públicas. Os documentos revelam que os egípcios tinham, nas encenações, uma das expressões de sua cultura. Essas representações tiveram origem religiosa, cuja finalidade era exaltar as principais divindades da mitologia egípcia, principalmente, Hórus, Osíris e Ísis.
E foi do Egito que elas passaram para a Grécia, onde o teatro desenvolveu-se admiravelmente, graças à genialidade dos dramaturgos gregos.
A partir do Império Romano que sucedeu a civilização grega, o teatro entrou em declínio. Os romanos preferiam o circo o qual na época era voltado para lutas entre gladiadores e animais.
No início da Idade Média, em 476, o teatro quase sumiu. A Igreja Católica, que detinha o poder, combatia o teatro, pois considerava pecado imitar o mundo criado por Deus. Poucas manifestações teatrais parecem ter resistido nessa época. Apenas alguns artistas percorriam as cortes de reis e nobres, como malabaristas, trovadores (poetas que cantavam poemas ao som de instrumentos musicais), imitadores e jograis (intérpretes de poemas ou canções românticas, dramáticas ou sobre feitos heróicos).
No continente asiático o teatro também já existia, embora, com outras características, que ainda hoje o singularizam. Na china, por exemplo, há referências de espetáculos teatrais - que envolviam música, palhaços e acrobacias - desde 2205 (um pouco depois do egípcio) e que se prolongou até 1766 antes da era cristã, durante a Dinastia Hsia. O que, cronologicamente, dá aos chineses o segundo lugar na hierarquia teatral.
A Índia começou a desenvolver seu teatro cinco séculos antes da era cristã. Os poemas Ramayana e Mahabharata podem ser considerados as primeiras peças originadas na Índia. Esses épicos forneceram a inspiração para os primeiros dramaturgos indianos, como Bhasa no (século II a. C.). Portanto, o teatro egípcio, o chinês e o indiano, surgiram muito antes do teatro grego.
O Japão e a Coréia, mesmo sem contatos com o mundo ocidental, desenvolveram, formas próprias de teatro. No Japão, o sacerdote Kwanamy Kiyotsugu, que viveu entre os anos de 1333 e 1384 da era cristã (Idade Média), foi o primeiro dramaturgo japonês. O seu teatro era de extrema perfeição técnica. Tinha entre suas principais manifestações, a dramaturgia Nô, surgida do ensino do budismo Zen e dotada de grande complexidade psicológica e simbólica, e o Kabuki, mais popular, embora igualmente importante.
Verificando-se que as representações, nestas nações assumiram cunho inteiramente diverso do grego, não é sem razão afirmarmos que, somente para o mundo ocidental, a Grécia é considerada o berço do teatro.
A implantação do teatro, no Brasil, foi obra dos jesuítas, empenhados em catequizar os índios para o catolicismo e coibir os hábitos condenáveis dos colonizadores portugueses. O padre José de Anchieta (1534-1597), em quase uma dezena de autos inspirados na dramaturgia religiosa medieval e sobretudo em Gil Vicente, notabilizou-se nessa tarefa, de preocupação mais religiosa do que artística. A sala de espetáculos de Vila Rica (atual Ouro Preto) é considerada a mais antiga da América do Sul. Menciona-se o Padre Ventura como o primeiro brasileiro a dedicar-se ao palco, no Rio, e seu elenco era de mulatos.
A transferência da corte portuguesa para o Rio, em 1808, trouxe inegável progresso para o teatro, consolidado pela Independência, em 1822, a que se ligou logo depois o romantismo, de cunho nacionalista. O ator João Caetano (1808-1863) formou, em 1833, uma companhia brasileira, com o propósito de “acabar assim com a dependência de atores estrangeiros para o nosso teatro”.
A Semana de Arte Moderna de 1922, emblema da modernidade artística, não teve a presença do teatro. Só na década seguinte Oswald de Andrade (1890-1954), um de seus líderes, publicou três peças. Só em 1943, com a estreia de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912-1980), sob a direção de Ziembinski, modernizou-se o palco brasileiro. Mas a excelência do texto não iniciou ainda a hegemonia do autor, que se transferiu para as mãos do encenador.
Em 1964, com o golpe militar, ocorreu uma hegemonia da censura. Afirmou-se um teatro de resistência à ditadura, desde os grupos mais engajados, como o Arena, o Oficina de São Paulo e o Opinião, do Rio, aos dramaturgos como Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal, Dias Gomes, Oduvaldo Vianna Filho e Plínio Marcos. Autores afeitos ao veículo da comédia, a exemplo de João Bethencourt, Millôr Fernandes, Lauro César Muniz e Mário Prata, seguiram a mesma trilha. Número enorme de peças, até hoje não computado, conheceu a interdição. Quando, a partir da abertura, os textos proibidos puderam chegar ao palco, o público não se interessava em remoer as dores antigas. A partir dos anos 70, Maria Adelaide Amaral se tem mostrado a autora de produção mais constante e de melhores resultados artísticos.
Como mostramos, o teatro percorreu um longo caminho até chegar no grande espetáculo das artes cênicas afiadas a música, á pintura, a escultura, e outras formas de expressar ideias.
Uma fonte de cultura e educação, tanto para quem interpreta como para os que o frequentam. Apesar disso, não vemos na escola incentivo a prática do teatro.
Não podemos restringir a educação apenas à capacidade de ler, escrever e contar, pois todo ser humano tem direito ao completo desenvolvimento de suas funções mentais e a aquisição de conhecimento e valores morais até a sua adaptação à vida social moderna.
O teatro infantil não pode ser uma diversão alienada, porque é muito forte para ser omitido, mas deve ser construtivo, fazendo com que a criança perceba e distinga o bem e o mal, o certo e o errado. A criança tem muita capacidade crítica, o educador tem que saber aflorar esta capacidade. Cabe ao teatro infantil ensinar, não impor ideias, mas sugeri-las e mostrar sua utilidade através da ação.
O teatro ajuda as crianças a demonstrarem sentimentos e a ler sentimentos alheios desenvolvendo a empatia, importantíssimos num relacionamento social e imprescindível num mundo globalizado, portanto é um tema fundamental, que merece atenção e estudos por parte dos apaixonados por educação.
A IMPORTÂNCIA DA ARTE CÊNICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Lopes (2015), diz que a arte Cênica é uma forma de arte apresentada em um palco ou lugar destinado a espectadores. O palco é compreendido como qualquer local onde acontece uma representação, sendo assim, estas podem acontecer tanto em praças como em ruas. Abrange o estudo e a prática de toda forma de expressão que necessita de uma representação, como o teatro, a música ou a dança.
De acordo com Miranda (2015), a arte cênica pode ser chamada também de arte performativa. A Arte Cênica como instrumento de aprendizado, é profundamente motivadora para crianças e adolescentes, ela os afeta nos aspectos cognitivos, emocionais, motores e sociais. Demanda um alto grau de atenção e concentração, estimula memória e percepção, mobiliza a capacidade de jogo com as palavras, fomenta a imaginação e a expressividade.
Entretanto, a criança tem necessidade de incentivo e anseia por alguma forma de retorno com relação às suas realizações, esta fase deve ser suprida, não podendo ser suprimida ou desconsiderada.
Não basta impor metas, estabelecer objetivos, ou impeli-la à espontaneidade intuitiva, toda ação dever gerar comumente alguma reação positiva para a criança, advinda de sua conquista e superação, um resultado que ela possa entender como algo frutífero e prazeroso.
Margoni defende que: “O simples fato de representar um personagem em uma peça ou exercício cênico, faz com que o aluno desfrute da possibilidade de experimentar sensações que fazem parte de uma vivência que não é a dele, mas sim de uma personalidade que ele incorpora no ato da dramatização, compartilhando tal vivência e introduzindo-a neste momento à sua própria vida. Criando maneiras de perceber a diversidade, as semelhanças e diferenças, o entendimento sobre o ser e o vir a ser, podendo compreender a si e ao outro, sujeitos deste mundo, agentes de transformação de nossa sociedade.
Ela é classificada em 4 classes: ópera, teatro, dança e circo.
A ópera é a encenação de um drama combinado com música, utiliza elementos teatrais, como vestuário, cenografia e atuação. Só que ao invés de se falar, a letra é cantada. Os cantores são acompanhados por grupos musicais.
O teatro é desenvolvido por um ator ou um conjunto de atores que interpretam uma história para um público.
Os espetáculos têm como objetivo despertar o sentimento dos espectadores. A dança é a expressão artística corporal. Ela é caracterizada pelo uso do corpo, que realiza movimentos ensaiados ou improvisados.
A dança normalmente é acompanhada por um ritmo musical.
O circo é uma companhia que reúne artistas de especialidades muito diferentes. Nesse conjunto há malabaristas, palhaços, acrobatas, equilibristas, domadores entre outros. O circo é organizado em um picadeiro circular. Suas apresentações costumam acontecer debaixo de uma grande lona.
1.1.O Teatro e a criança:
Segundo Freire (1973), arte cênica, é capacidade de representação, cada unidade de ação da arte dramática ou cômica é uma peça teatral.
A apresentação teatral traz muita vantagem para o desenvolvimento da criança: Aperfeiçoa a leitura; corrige a pronúncia; desenvolve a memória; estimula o senso crítico e artístico. Contribui para a socialização da criança: Aluno se desinibe e aprende a criticar e aceitar críticas construtivas, além de valorizar o trabalho alheio, já que no teatro o que vale é o conjunto homogêneo cooperativo. Desenvolve valores tais como: bem / mal, certo / errado, justiça, verdade, etc.; Trabalho com interdisciplinaridade: língua portuguesa, educação artística (musica, confecção de materiais), educação física ( ritmo, expressão facial – corporal), conhecimento gerais e científicos.
Ao estimular a apreciação do teatro como espetáculo cultural o professor está formando futuros frequentadores e apreciadores de peça teatral.
Teatro traz muitas vantagens a educação infantil, já que a apresentação é muito natural para as crianças. Elas gostam de coisas que estão para acontecer. Seja criança espectadora ou personagem de uma história, o teatro contribui muito para o desenvolvimento e para o trabalho do professor na educação integral dos alunos.
A BNCC também indica o teatro como forma de trabalho coletivo e criativo, mas com um viés bastante específico, está dentro de um componente maior – ARTE.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais buscam identificar os diversos argumentos sobre a importância do conhecimento artístico. A abordagem dramática na educação admite a importância do teatro infantil e considera-o como base da educação criativa.
Segundo Arcoverde: “Trabalhar com o teatro na sala de aula, não apenas fazer os alunos assistirem as peças, mas representá-las, inclui uma série de vantagens obtidas: o aluno aprende a improvisar, desenvolve a oralidade, a expressão corporal, a impostação de voz, aprende a se entrosar com as pessoas, desenvolve o vocabulário, trabalha o lado emocional, desenvolve as habilidades para as artes plásticas (pintura corporal, confecção de figurino e montagem de cenário), oportuniza a pesquisa, desenvolve a redação, trabalha a cidadania, religiosidade, ética, sentimentos, interdisciplinaridade, incentiva a leitura, propicia o contato com obras clássicas, fábulas, reportagens; ajuda os alunos a se desinibirem-se e adquirirem autoconfiança, desenvolve habilidades adormecidas, estimula a imaginação e a organização do pensamento. Enfim, são incontáveis as vantagens em se trabalhar o teatro em sala de aula”.
O teatro na escola, de acordo com os PCNS, tem o intuito de que o aluno desenvolva um maior domínio do corpo, tornando-o expressivo, um melhor desempenho na verbalização, uma melhor capacidade para responder às situações emergentes e uma maior capacidade de organização de domínio de tempo.
O teatro estimula o indivíduo no seu desenvolvimento mental e psicológico. Mas apesar disso, o teatro é arte, arte que precisa ser estudada não apenas em níveis pedagógicos, mas também como uma atividade artística que tem as suas características como tal.
É na escola onde a criança é estimulada a conhecer e explorar o mundo, onde ela se socializa com outras crianças, aprende a dividir a compartilhar brinquedos e o carinho das pessoas que elas gostam, tendo a convivência com a diversidade, contribuindo para a construção do seu processo de aprendizagem.
Por isso é importante que as escolas tenham uma proposta pedagógica para compreender a atividade teatral, como ação pedagógica para o desenvolvimento da criança na sua socialização e assim desperta uma consciência crítica que se reflita no cidadão do futuro.
Para Alcântara na educação infantil, o brincar (Corpo e Movimento) é parâmetro para o desenvolvimento integral da criança. É por meio da brincadeira e da fantasia que a criança se apropria do mundo adulto, das regras e da complexidade sócio cultural da sociedade e qual pertence.
Dessa forma, uma proposta de Educação Infantil de qualidade compreende o papel fundamental do brincar, bem como as possibilidades de compor uma proposta pedagógica que de fato promova um desenvolvimento infantil de qualidade.
O teatro trabalha uma linguagem que oportuniza formas de manifestação que permite que a criança utilize as diferentes formas de linguagem na sociedade como a corporal, a verbal, a plástica, a escrita, entre outras expressando suas próprias vivências e experiências de maneira mais crítica e com isso, a criança analisa e avalia o resultado de suas ações interagindo de maneira mais eficaz no meio social em que vive. (ALCÂNTARA, 2010, p. 01).
O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal da cada criança. (ALCÂNTARA, 2010, p. 01).
Neste contexto, apresenta o movimento como uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. Neste movimento, o teatro como uma das manifestações culturais engloba as expressões e comunicação, também ligada ao desenvolvimento e a aprendizagem das crianças nesta faixa etária possibilitando o desenvolvimento de sua identidade e autonomia. (ALCÂNTARA, 2010, p. 01).
1.2 As atividades estéticas na sala de aula
Na fase da pré-escola não visam a formação de artistas, mas desenvolver potencialidades dos alunos, respeitando suas naturais limitações.
É importante que o professor incentive a criação livre com utilização de material variado. Respeite e valorize o trabalho espontâneo. Dê trabalho individual e em grupo, impeça que atividade suplante e atividade criativa.
O professor precisa estimular a criatividade dos alunos, não criticando, além de determinar o que e como elas devem fazer. Seria interferir de modo negativo,
O papel do professor é de incentivar, apoiar, orientar só se for solicitado, dando espaço à criança para expressar-se através da arte, desenvolvendo sua capacidade criadora e aumentando sua sensibilidade.
Segundo REVERBEL., no ano de 1996 as atividades visando a integração das áreas de expressão musical, e corporal e plástica.
Dramatização espontânea utilizando os dedos, a mão inteira, as mãos com luvas, mãos com meias, saquinhos de papel. Bonecos de vara, fantoches, máscaras. Teatro de sombra.
Mímica – imitar animais, veículos, palhaços, mágicos, profissões, sons, instrumentos musicais.
Pequenos diálogos: ao telefone, conversando.
Representação de cenas: A educação integral da personalidade do educando sobre seu aspecto global, tem nas atividades estéticas o seu mais alto elemento de socialização e ajuntamento, que atuando através do prazer sadio e da satisfação individual e coletiva, produz por suas atividades e necessária higiene mental e terapêutica. Ela combate agressividade, canalizando o excesso de energia, dar meios para enfrentar o isolamento, desenvolve o espírito de iniciativa, a auto expressão, o desenvolvimento da inteligência a habilidades motoras, responsabilidade e obediência às regras e penalidades.
Dar iguais oportunidades a todos e integra o indivíduo no seu meio ambiente.
2 -TRABALHANDO COM A CRIANÇA
A partir de três anos de idade, o meio mais propicio será a imitação. Devemos, pois iniciar as atividades através da observação do mundo à nossa volta. Observar, os animais, as diversas profissões, etc. Ao mesmo tempo, a observação serve para sensibilizar a criança para diversos aspectos do mundo exterior. Incluir na observação e sensibilização as visitas a instituições, ouvir audições musicais, assistir outras peças de teatro, etc.
Se o que queremos é que sinta e vibre o que interpreta, devemos sentir e vibrar com intensidade. Uma das formas é contando histórias onde se destacam personagens com grande carga afetiva. Nesta idade, o sentimento, muito mais que o raciocínio, atua no interior da criança, propiciando a sua interação vertical, vibração em sintonia mais elevada. Você pode criar sua própria história ou escolher entre muitas que existem. Conte a história com entusiasmo, de forma vibrante. No que se refere a interpretação, o conteúdo da história é a forma como ela será contada são fundamentais. Sabendo contar, você levará a criança a sentir e vibrar com entusiasmo. Com o tempo, depois de trabalhar outras técnicas e atividades de expressão, comece a dramatizar as histórias. (ALVES. Walter Oliveira, 1999)
2.2 Técnicas e atividades de expressão
Algumas técnicas auxiliarão o desenvolvimento da expressão corporal, da dicção mas também a sensibilidade espontaneidade, imaginação, observação, percepção, criatividade e colaboração.
Todos juntos ao mesmo tempo, expressar movimentos dos seres e fenômenos da natureza conforme indicação do educador. Imitar animais; imitar uma planta crescendo; O vento soprando:
Durante os passeios e visitas as crianças já devem ter conhecidos os animais. Não faz sentido pedir para imitar um hipopótamo se elas nunca tinham viram um. A simples figura ou foto não é suficiente para imitar.
Imitação é resultado da capacidade da criança observar e aprender com os outros e de seu desejo de se identificar com eles.
Em um círculo uma ou várias crianças imitam um animal ou personagem o resto da turma tenta adivinha a imitação. Esticar o braço e fazer movimentos alienados, como se estivesse voando. Fazer de conta que pegou uma corda. (RIOS, Rosana, 1997)
2.3 Desenvolvimento da dicção e a percepção auditiva
Em um círculo, de mãos dadas, uma criança de olhos vendados no centro, a um sinal dado, o círculo girará com as crianças cantando. Num segundo sinal todos param e a criança de centro deverá apontar para qualquer direção do círculo, quem for apontado deverá imitar o som de um animal qualquer. A criança do centro deverá identificar o animal e qual o aluno que o imitou. Se acertar, o aluno identificado no seu lugar, caso contrário o que estiver ao seu lado. (ALVES. Walter Oliveira, 1999)
2.4 Desenvolvimento da dicção e da voz
Telefone; as crianças deverão sentar em duplas, apoiando as costas umas nas outras. A um sinal dado, elas simulam um telefonema, discando um número. A outra atende e começa um diálogo instantâneo. A técnica pode ser explicada com uma dupla de cada vez, ou todas ao mesmo tempo. No segundo, caso as duplas deverão contar as demais o que conversaram. (ALVES. Walter Oliveira, 1999)
2.5 Desenvolvimento da expressão e observação
Semicírculo, com uma criança na frente. As crianças ficarão em uma posição, enquanto a outra observa. Depois de um minuto de observação, a criança vira de costa, e uma ou duas das crianças do semicírculo mudam de posição, as demais permanecem como estavam. Depois de alguns segundos, a criança observadora volta-se e tenta adivinhar qual ou quais as modificações. Esta atividade desenvolve a observação, a socialização. (ALVES. Walter Oliveira, 1999)
2.6 Desenvolvendo movimentos corporais sincrônicos e corporais
Dança da toalha: cada grupinho de quatro criança recebe uma toalha grande, segurando-as pelas pontas, colocar uma bolinha em cada toalha. Usar bolas de borrachas ou mais pesadas. As crianças deverão dançar, pular, agachar, correr, levantar a toalha, sentar, ajoelhar, girar e realizar outros movimentos, sob o comando verbal do educador, sem deixar a bolinha cair da toalha.
Desenvolve a expressão corporal, a criatividade, diferentes posições e principalmente a cooperação, que é um fator muito importante a ser desenvolvido. (ALVES. Walter Oliveira, 1999)
2.7 Desenvolvendo a criatividade e a expressão corporal
Brincando de estatua: - As crianças livres pela sala, imitam uma estátua como acharem melhor, assumindo uma posição que gostem ficando de pé nas diversas posição, de joelho e braços abertos, deitadas, etc. a atividade é livre expressão. A criança em duplas: - uma criança modela a outra, erguendo a mão, virando a cabeça, etc. o educador poderá fazer a primeira modelagem e passar para as demais duplas. (ALVES. Walter Oliveira, 1999)
2.2.8 Desenvolvendo a criatividade e expressão com a música
Usando música: - ao som de uma música executar movimentos dentro do ritmo que pode ser bastante variado. As crianças perceberão quando o ritmo é rápido, alegre, lento, etc. (ALVES. Walter Oliveira, 1999)
3 -O TEATRO DIRIGIDO ÀS CRIANÇAS
O teatro é um importante recurso didático pedagógico para o desenvolvimento da criança, dando suporte para sua trajetória na vida social e proporcionando experiências novas que contribuem para o seu crescimento integral sobre vários aspectos. Os principais benefícios da prática na educação são: contribui para o desenvolvimento e formação do caráter, melhora e favorece a dicção, faz crescer a autoestima, combate a timidez e a vergonha, ensina a relacionar-se com outras crianças e trabalhar em grupo, socializar ideias, favorece o autoconhecimento, desperta a consciência corporal e a coordenação motora, reforça o interesse pela leitura, literatura e poesia, ensina a controlar suas emoções, motiva o exercício do pensamento, além de permitir que as crianças brinquem com o mundo da fantasia.
A educação artística na pré-escola está dividida em setores que visam o desenvolvimento geral da criança. O teatro dirigido as crianças deve ser bonito e desejado, uma história bem contada e não uma tarefa. A base inicial está na linguagem onomatopeia, com movimentos e ações. As cenas devem ser familiares, escolares e sociais, tudo o que possa construir objetos de reprodução até ela completar sete anos de idade, que segundo Kilpatrick é a imitação que domina por completo a atividade da criança.
As histórias baseiam-se no fato, por personagens opostos (vilões e heróis); a técnica para movimentar este tipo de teatro seriam os textos leves, de fácil assimilação, com cenários vivos, alegres, mostrando principalmente o clima, vegetação, arquitetura, estilo, móveis.
A música: arte e ciência de combinar sons, ritmos, melodia e harmonia.
Espetáculo: é tudo que atrai e prende o olhar, a atenção, a representação. Procurar ser espontâneo, tirando proveito do suspense e quando obtiver uma gargalhada, tentar outra, dando mais vida ao teatro.
3.1 Teatro de fantoche:
O teatro de fantoches, de bonecos ou de marionetes é a expressão teatral que caracteriza as encenações realizadas, respectivamente, com fantoches, marionetes ou bonecos. É ainda mais autêntico aquele no qual seus elementos – palco, cenários, cortinas, entre outros – são estritamente criados para determinada representação.
O fantoche remonta aos tempos ancestrais e tem executado um papel significativo na história das civilizações. Ele está especialmente ligado aos primitivos cultos animistas, os quais consideram que tudo no Universo é portador de alma e, por extensão, de sentimentos, desejos e até mesmo de inteligência. Assim, determinados objetos eram considerados sagrados, entre eles as máscaras e os fantoches.
Ao se tornar portador do fantoche, o personagem adquiria poderes que o convertia em um profeta, um ser sagrado, um exorcista. Portanto, somente um iniciado nos conhecimentos sacros poderia usar suas mãos para dar vida ao fantoche, em uma cerimônia especialmente preparada para essa encenação.
Na era clássica os fantoches estavam dispostos principalmente dentro dos templos; eram bonecos de grande porte conduzidos igualmente durante as procissões de iniciação. Eles se desenvolvem particularmente a partir do século VII, com a adoção de estátuas semelhantes ao Homem. Estes fantoches que imitam as feições humanas são então escolhidos cada vez mais para estes eventos religiosos, assumindo um estilo que ainda hoje marca as representações do teatro de fantoches.
Como esta modalidade lembrava demais os antigos ritos animistas, a Igreja começou a proibir as encenações dentro dos templos. Esta atitude deu origem aos teatros itinerantes, os quais reduziram o porte de forma a poder circular aqui e ali com suas representações, especialmente pelas ruas e em festas empreendidas no interior dos palácios.
Ao longo do Renascimento eles são novamente resgatados no seio das Igrejas, apresentando-se também nos pátios residenciais e nas festas realizadas durante as feiras. A plateia se populariza e o teatro de fantoches assume uma postura mais satírica, impregnada de humor. Ele tem um papel importante nesse período, chegando até mesmo a preservar o Teatro Inglês quando este é interditado durante 18 anos.
Seguindo a evolução histórica, os fantoches foram se transmutando conforme as necessidades de cada época, não se atendo jamais ao passado. Assim, eles estão sempre em metamorfose, constantemente assumindo novas formas. Esta modalidade teatral preserva sempre, porém, seu caráter ambulante, ao encenar seus espetáculos não só nos teatros convencionais, mas também nas ruas, nas praias, nos espaços ao ar livre diante das Igrejas.
Segundo RIOS, no ano de 1991, os fantoches existem há muito tempo e não se sabe quem inventou ou quando foram usados pela primeira vez. Sabe-se que foram encontrados há mais de 3 mil anos, fantoches, em escavações no Egito. Na Índia haviam bonecos feitos de ouro e prata. Já no Japão, grupos nômades trocavam apresentações com bonecos por comida. Em museus europeus estão guardados marionetes construídas no século XIV. Também, desde a pré-história, já utilizavam o teatro, contando através das sombras as aventuras e caçadas, sempre exagerando nos sons e gestos. Na idade média, as pessoas representavam as histórias bíblicas.
3.2. O valor pedagógico do teatro de fantoche:
Os fantoches estimulam a imaginação das crianças e faz com que desperte o gosto pela leitura e o diálogo entre elas, eles são muito importantes para o desenvolvimento intelectual e sociológico das mesmas. Pois através dos fantoches podem-se ampliar os conhecimentos em relação aos fatos e acontecimentos da realidade social, permitindo que as crianças discutam e reflitam os valores e atitudes humanas. Os fantoches não estão presentes somente em escolas, mas também hospitais e outras atividades. Os fantoches estimulam a imaginação das pessoas, principalmente das crianças.
Eles não estão presentes somente em escolas, mas também em hospitais, em creches, etc. Exercendo grande papel educativo, encenando palestras de prevenção à saúde, ao uso de drogas e outros importantes assuntos.
Os mesmos têm o poder de alegrar crianças doentes, faz com elas amenizem suas dores.
Os fantoches foram criados para a utilização de boas práticas, servindo como trabalho de orientação contra seu uso em cenas de violência.
Portanto, os fantoches no uso didático são aconselháveis para desenvolver em crianças tímidas e inibidas, relaxam as tensões emocionais e ajuda na formação de atitude positiva.
Nas mãos da criança, o fantoche deixa de ser um objeto e torna-se um papel, cria vida, tem uma ação e uma identidade, os quais ela pode experimentar através do boneco.
Nessas brincadeiras livres, aparentemente despretensiosas, as crianças poderão expressar seus conflitos, bem como aprenderão a conviver em harmonia, visto que, naturalmente, brincarão em grupo, e terão de combinar entre si as regras da brincadeira, além de contar com o espírito de solidariedade e cooperação.
Os bonecos utilizados pelos alunos na escola seguindo a orientação de um professor de Educação Física, tem um papel importantíssimo na educação, pois eles podem ajudar a desenvolver vários aspectos educacionais principalmente aos que estão relacionados à comunicação e a expressão sensório-motora.
O professor deve deixar a criança manipular os bonecos à vontade. Aos poucos, a criança irá sentir uma vontade de criar uma fala, um diálogo para aquele boneco, aliando o movimento dele com a palavra.
3.3. Aspectos do teatro na educação:
Importante aliado na educação infantil, o teatro de fantoche é um instrumento que ao mesmo tempo em que diverte o público infantil, ensina. Ele pode ser usado em escolas, creches igrejas e hospitais. As histórias escolhidas para serem interpretadas devem abranger o universo do fantástico, como os contos de fadas e as fábulas, fazendo com que as crianças tomem gosto pela leitura desde os anos iniciais e que transmitam mensagens de valores e virtudes. Os fantoches ajudam também na construção da identidade da criança que através do teatro pode desempenhar diversos papeis sociais como o de mãe, médico, policial, bruxa, fada, etc. experimentando assim, diferentes sensações e emoções. Através dessa “brincadeira” é possível que o professor identifique traços comportamentais e de personalidade, que darão uma direção a como o educador aplica suas práticas pedagógicas.
O professor pode propor como atividade para os alunos, a confecção dos bonecos do teatro, já que com sucata e materiais recicláveis é possível criar diversos personagens diferentes.
O processo do teatro criativo, é o processo destinado ao desenvolvimento da atividade na educação artística. O jogo dramático é a aplicação prática do processo de teatro criativo. No processo de teatro criativo entram algumas considerações: criatividade, orientador, método didático, aquecimento, materiais, acessórios, grupo, idade e local.
5 - APLICAÇÃO DO PROCESSO DE TEATRO CRIATIVO
Segundo Kishimoto (2002) definir a palavra jogo não é fácil, pois cada um pode compreendê-la de uma determinada maneira. Têm-se jogos políticos, de adultos, tradicionais, infantis, de xadrez, de adivinhar, de contar histórias, imaginativos, históricos; enfim uma infinidade de jogos que mesmo sendo diferentes recebem a mesma denominação por serem vistos como o resultado de um sistema linguístico cotidiano baseado num contexto social, pois o jogo assume a imagem que cada sociedade lhe atribui. Também pode ser percebido como um sistema de regras que permite identificá-lo e se refere inclusive ao jogo como objeto (tabuleiro de xadrez, por exemplo).
Dentre as diversas formas de jogar e inúmeras possibilidades reais de atividades lúdicas, temos os jogos dramáticos, que podem ser utilizados como um recurso importante na Educação Infantil, atribuindo sentido às ações pedagógicas. A individualidade, o coletivo, os relacionamentos interpessoais, a afetividade e a inteligência são aspectos que caminham no sentido do desenvolvimento do ser humano de forma integral que podem ser trabalhados no jogo dramático, unindo a imaginação, a dramatização, o lúdico com o pensamento e a fala, por meio da capacidade aprendida de inverter completamente a posição inicial do sujeito em relação a elas. O jogo dramático é então, uma atividade que visa a aprendizagem e o desenvolvimento por meio das vivências de situações cotidianas, recriadas, problematizadas e repensadas.
Conforme Slade (1978, p.17) “[...] o jogo dramático é uma forma de arte por direito próprio, não é uma atividade inventada por alguém, mas sim o comportamento real dos seres humanos”. Ele se expressa na maneira como a criança pensa, comprova, relaxa, trabalha, lembra, ousa, experimenta, cria e absorve.
5.1 O jogo dramático na escola:
O jogo dramático atinge o seu expoente máximo no Jardim-de-infância, é um jogo em que a criança faz de conta que é outrem, simulando o real através da experimentação e representação de papéis e situações do universo das suas relações sociais.
Quando as crianças se encontram nos diversos departamentos existentes dentro de cada sala de aula como por exemplo a "Casinha das Bonecas" jogando cada uma delas o papel de Mãe, elas expressam o modo como sentem a realidade representando as suas vivências quotidianas. Porque o processo verbal é complicado, expressam-no pela ação, pelo jogo, revivendo a realidade.
Nos diferentes espaços, as crianças exteriorizam o que vivem interiormente, expressando pela ação, ideias, sentimentos e emoções e traduzindo muitas vezes a imitação de tarefas, papéis e atividades do adulto. Para além do desejo de compreensão de todo esse mundo, as crianças expressam o que dele sentem.
A atividade de jogo dramático descrito não resulta de regras, não resulta da vontade de produzir uma obra nem de nenhuma expressão estética determinada, antes resulta da vontade da criança em exprimir os seus sentimentos, emoções e interesses face a uma realidade que deseja viver e reviver através da ação.
Mas a criança, neste processo de jogo dramático, deseja comunicar com o outro o que sente. Para sua afirmação e para exteriorização do Eu, tem necessidade que outro jogue também.
Nesta atividade a criança necessita de uma matriz planificada; necessita igualmente de uma observação sistematizada e de intervenção. Com efeito, para que a espontaneidade da criança se desenvolva torna-se necessário induzi-la direta e indiretamente.
Diretamente, assumindo o professor papéis específicos que permitam fazer evoluir o jogo. Indiretamente, pela construção de cenários pedagógicos cuidadosamente preparados assim como pela colocação de vários materiais e adereços postos à disposição das crianças.
5.2 O jogo dramático no desenvolvimento educativo
O jogo dramático tem um forte valor educativo, auxiliando as crianças:
A expressar-se; uma vez que a criança está continuamente registrando impressões e fatos acerca dela própria e do mundo que a rodeia e porque no drama ela exprime os seus sentimentos ou o seu sentido das coisas, e com o estímulo dos que a observam, pode reconsiderar e pode fazer um ajustamento, clarificando e compreendendo e desenvolvendo o seu “eu” em relação ao mundo que a rodeia;
A desenvolver a imaginação; porque o trabalho da imaginação envolve a transferência do “eu” para uma situação diferente ou não presente, ou para uma identificação com “outro”. Esta modalidade mental ajuda para uma compreensão mais clara de como as outras pessoas vivem e sentem.
Função importante na sociabilidade. Por outro lado, a imaginação está na essência de toda a criatividade, transformando experiências e imagens acumuladas, em novas ideias.
A desenvolver a oralidade, porque a comunicação oral é resultado de um envolvimento autêntico em situações em que existe um verdadeiro contato humano.
De um autêntico desejo de expressar sentimentos e ideias, do qual resulta uma fluência, um vocabulário apropriado, uma riqueza de entonações e uma força emocional que desenvolve uma comunicação verdadeira e original. E enriquece a personalidade futura.
A organizar as ideias; através do desenvolvimento da imaginação resulta um debochar de ideias, e a criança aprende então a organiza-las segundo o desenvolvimento das suas estruturas e a chegar assim a uma forma reconhecível. Esta aprendizagem ou compreensão deriva de um “estar” perante problemas concretizados e que exigem solução.
A sensibilizar os valores estéticos; A atividade dramática ajuda a tomar conhecimento de uma maneira natural com as outras artes em geral. A exigência de um envolvimento pessoal aumenta a sensibilidade para uma atmosfera de uma maior profundidade emocional, o que prepara a criança para uma melhor compreensão da vida futura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das leituras podemos concluir que o teatro na escola é uma ferramenta pedagógica muito importante capaz de desenvolver na criança a criatividade, afetividade e comunicação, revelando angústias e medos.
Além disso, o desenvolvimento do teatro na sala de aula auxilia na alfabetização, no processo da leitura, aperfeiçoando a linguagem oral e corporal.
Durante o jogo teatral, por exemplo, a criança investiga os fatos, formula hipóteses, identifica as semelhanças e as diferenças entre seus pares e objetos. Este acontece de maneira coletiva e, não é apenas uma forma de divertimento, mas, um meio que contribui e enriquece o desenvolvimento intelectual.
REFERÊNCIAS
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