BRINQUEDOTECA
A Importância da brinquedoteca na aprendizagem infantil
Aparecida Rufino dos Santos Weber
Marcos Valmir Weber Junior
RESUMO
Nós educadores e futuros pedagogos construímos uma pesquisa bibliográfica embasada em alguns autores, que abordam um olhar sobre o que é criança, sobre sua relação com o meio social, a influência da ludicidade em seu desenvolvimento, a brinquedoteca enquanto resgate dessa identidade subjetiva e a necessidade de uma qualificação profissional adequada que vise proporcionar o desenvolvimento do sujeito, que explora o espaço da brinquedoteca respeitando suas habilidades e competências. A brinquedoteca visa contemplar as peculiaridades do individuo, oferecendo a ele condições de projetar no lúdico as experiências introjetadas em suas relações externas. Não que este não pudesse realizar este processo em outros ambientes, mas que em um ambiente com profissional capacitado na área este poderá realizar uma intervenção quando necessário, pois, terá um olhar atento às sensibilidades que ficarão explicitas nas ações das crianças. O ato de brincar constitui-se como peça chave do desenvolvimento humano, embora pareça simples é conotado de múltiplas expressões de: cultura, sentimentos, religiões, crenças, entre outras. Segundo alguns autores mencionados no estudo da monografia o brincar é um direito da criança e como tal é assegurado na legislação. Dessa forma, pensar na brinquedoteca é devolver a criança o que de certa forma lhe foi tirado ao longo da história. A brinquedoteca pode ter vários formatos, seu público alvo é e sempre será a criança, porém não há impedimentos para que outras faixas etárias se beneficiem da mesma. O objetivo primordial é proporcionar às crianças condições de estabelecer relações em um ambiente seguro e confortável em que ela se sinta acolhida.
Palavras-Chaves: Brincar. Brinquedoteca. Criança. Profissional. Lúdico.
- Introdução....................................................................................................
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................
3.1Tema e linha de pesquisa...........................................................................
3.2 Justificativa.................................................................................................
3.3 Problematização.........................................................................................
3.4 Objetivos....................................................................................................
3.5 Conteúdos.................................................................................................
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................
3.7 Tempo para a realização do projeto..........................................................
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................
3.9 Avaliação....................................................................................................
4 Considerações Finais...................................................................................
5 Referências..................................................................................................
6 Apêndice (opcional)......................................................................................
7 Anexos (opcional) ........................................................................................
1 INTRODUÇÃO
A brincadeira tem sido comumente apontada como espaço privilegiado do desenvolvimento da criança. Deste modo, considera-se que ela deve ocupar lugar de destaque na educação infantil. Para nós é no brincar que entendemos o valor da inclusão é nele que as crianças ou os indivíduos não percebem suas diferenças, se tem uma diferença eles não notam, eles se divertem, brincam e jogam e vão se interagindo sem perceber as outras competências e habilidades dos seus colegas. Acreditamos que este é um ponto chave para que aconteça a inclusão. O brincar infantil não determina as diferenças, pelo contrário ela cria uma ponte para inclusão e convida cada um para fazer parte do processo.
O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial (SEESP) desenvolve uma política de educação inclusiva cujos pressupostos filosóficos compreendem a construção de uma escola aberta e universal, um sistema educativo que respeita e valoriza a diversidade humana em uma perspectiva micro e macro. Assumir a diversidade pressupõe o reconhecimento do direito à diferença como enriquecimento educativo e social. Sabemos que todos somos diferentes e o que existe são pequenas oposições, ser diferente é normal ou deveria ser normal.
Para nós é no brincar que entendemos o valor da inclusão é nele que as crianças ou os indivíduos não percebem suas diferenças, se tem uma diferença eles não notam, eles se divertem , brincam e jogam e vão se interagindo sem perceber as outras competências e habilidades dos seus colegas. Acreditamos que este é um ponto chave para que aconteça a inclusão. O brincar infantil não determina as diferenças, pelo contrário ela cria uma ponte para inclusão e convida cada um para fazer parte do processo.
A inclusão social e educacional é um processo que já começou e continuará, no Brasil,
O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial (SEESP) desenvolve uma política de educação inclusiva cujos pressupostos filosóficos compreendem a construção de uma escola aberta e universal, um sistema educativo que respeita e valoriza a diversidade humana em uma perspectiva micro e macro. Assumir a diversidade pressupõe o reconhecimento do direito à diferença como enriquecimento educativo e social. Sabemos que todos somos diferentes e o que existe são pequenas oposições, ser diferente é normal ou deveria ser normal.
2 Revisão Bibliográfica
A brincadeira se caracteriza por alguma estrutura ou algumas regras, é uma atividade que pode ser individual ou coletiva, a criança tem a autonomia de modificá-la, mudando suas regras e seus componentes, reconstruindo a brincadeira, tendo assim liberdade de expressão.
Machado (2001) cita dois tipos de brincadeiras que são: brincadeiras exploratórias e brincadeiras construtivas; para a autora uma brincadeira complementa a outra, entretanto, a brincadeira construtiva tem um papel fundamental no processo de desenvolvimento da criança, uma vez que a criança que brinca criando, imaginando, e outros mais, mostra um desempenho melhor. “Se o educador não propuser atividades que estimulem a ação lúdica construtiva, as crianças poderão permanecer num estágio mais primitivo, não saindo do seu egocentrismo e não passando a viver sob os princípios de realidade” (MACHADO, 2001, p. 61).
As crianças podem escolher suas próprias brincadeiras, para que se crie autonomia, identidade, mas nem sempre quer dizer que será uma atividade mais rica e interessante do que uma brincadeira direcionada pelo adulto, onde a criança experimentará receber novas linguagens e possibilidades, ao invés de ficar automatizada sempre na mesma brincadeira.
Entretanto, Machado (2001, p.65) menciona: “A criatividade pode estar tanto na brincadeira exploratória como na brincadeira construtiva; pode estar na criança e no meio ambiente; pode estar em mim bem como em você” Portanto, cabe a nós educadores fazermos esse movimento de explorar, mas também construir pensando na criança como um sujeito único.
Kishimoto (2001) cita a concepção de brincadeira de Froebel, relatando que o brincar é a fase mais importante da infância.
(...) a brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem neste estagio e, ao mesmo tempo típica da vida humana enquanto um todo da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso interno, paz no mundo (...) (KISHIMOTO, 2001, p.68)
De acordo com Rego (1994, p.8), “O educador tem como papel ser um facilitador das brincadeiras, sendo necessário mesclar momentos onde orienta e dirige o processo, com outros momentos onde as crianças são responsáveis pelas suas próprias brincadeiras”.
Portanto, cabe ao professor, observar, orientar, questionar sobre as brincadeiras para que em outro momento possa enriquecê-la. É significativo que o educador participe das brincadeiras, estimulando as crianças para as brincadeiras conforme seu interesse, necessidades e nível de desenvolvimento, para que a criança desde cedo aprenda a perder ou superar as perdas.
Através do jogo e da brincadeira, as crianças exploram os objetos que as cercam, melhoram suas habilidades físicas e motoras, experimentam seus sentidos e desenvolvem as mais variadas emoções. É o seu “eu” interior transpondo-se em contato com o mundo, tornando a brincadeira uma ação séria.
Portanto, devemos proporcionar a criança ser protagonista em suas ações e mais especificamente no jogo, onde ela atribui toda aquela construção da cultura lúdica acumulada ao longo de sua história de vida à ação realizada e assim, não perde suas características básicas de ser criança, e interpretar o universo a sua volta.
A atividade lúdica oferece para as crianças momentos de descontração, de socialização, como também momentos onde ela descarrega suas energias e agressividades. O jogo é uma forma eficaz e prazerosa de aprendizado e que representa para a criança o mesmo que o trabalho representa para o adulto. “Como o adulto se sente forte por suas obras, a criança sente-se crescer com suas proezas lúdicas”. (CHATEAU,1987, p. 29). Percebemos isso quando as crianças constroem suas brincadeiras, quando elas assimilam o jogo e fazem desse jogo uma nova brincadeira reinventada por elas, a reação das crianças é fascinante.
Huizinga (1996), afirma que o jogo se sobrepõe a idéia do simples ato de jogar, mas tem uma finalidade biológica, social e psicológica. Portanto é algo que vai satisfazer esta criança interiormente e lhe dará prazer de brincar, de estar com os amigos, de criar brincadeiras e poder compartilhar com os demais.
Huizinga (1996, p.10), menciona: “O jogo é uma atividade voluntária. Sujeito a ordem deixa de ser jogo podendo no máximo ser uma imitação forçada (...) As crianças e os animais brincam porque gostam de brincar e é precisamente em tal fato que reside sua liberdade”.
A liberdade é um direito de todos, tanto dos adultos quanto das crianças, por isso, fica impossível querer que uma criança brinque daquilo que você queira sem ela própria querer, até mesmo porque quando uma criança brinca é como se ela saísse do mundo real e fosse direto para o mundo da imaginação visando lugares inimagináveis.
Essa opção do brincar tem que ser voluntária e espontânea tem que partir da criança, pois quando essa ação é forçada o jogo lúdico se perde e a brincadeira toma outros rumos que não são prazerosos.
Isso acontece muitas vezes nas escolas, onde os educadores “usam” as brincadeiras de forma metodológica para ensinar os conteúdos. Concordamos que as crianças enquanto brincam de forma divertida também aprendem, mas não deve ser sempre com algum objetivo, a criança necessita das brincadeiras espontâneas.
Para Huizinga (1996), a essência do jogo está nele mesmo, naquilo que ele tem de intensidade, e que mobiliza quem está envolvido no ato de jogar, com todo o seu ser.
Ele destaca ainda outras características do jogo, tais como uma atividade livre, conscientemente tomada como séria e exterior a vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total.
“É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter qualquer lucro, praticado dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo certa ordem e certas regras”. (HUIZINGA,1996, p. 16).
Outro ponto a ressaltar é a questão da compreensão do resgate do jogo na vida da criança, é importante conhecer os jogos e brincadeiras do passado para preservar nossa cultura lúdica.
Segundo Friedmann (1996), os jogos sofreram muitas transformações, algumas desapareceram e outras permaneceram nos dias atuais como amarelinha, corda, bolinha de gude, entre outros.
Alguns jogos antigos são interessantes ensinarmos para as crianças não apenas para mostrar nossa cultura, como também mostrar para elas como os jogos antigos eram mais simples que os de hoje, mas como os pais dessas crianças se divertiam como eles tinham prazer nessas brincadeiras e como eles valorizavam mais os brinquedos, pois tinham muitas vezes eles próprios construírem.
Atualmente, embora os brinquedos e brincadeiras sejam outros, a ação de brincar ainda existe, e é fundamental para “alimentar” a alma de nossas crianças. Pois, a criança enxerga o brincar como coisa séria, ela mergulha neste universo.
No livro “Jogo: entre o riso e o choro”, o autor Freire (2002, p.6) afirma que
“(...) uma criança só pode aprender bem se puder seguir sendo criança durante a aprendizagem, e que o investigador do jogo deveria deixar-se conduzir pela conduta lúdica para que o seu objeto de estudo não perdesse suas características básicas”.
Santos afirma (1995, p.5) que “A ausência do brinquedo, entretanto, não as impede de brincar, pois elas usam a imaginação. Contudo, sabemos que o brinquedo é um suporte material que facilita o ato de brincar”.
É através do brinquedo, do ato de brincar que as crianças expressam seus sentimentos de amor, de alegria, de dor, de raiva, entre outros, é nesses momentos lúdicos que elas vão desenvolver a criatividade, a imaginação, a imitação e seus desejos ampliando seus conhecimentos.
Santos (1995, p.5) cita esse aspecto “a falta de espaço físico ocasionada pelo processo da civilização tem dificultado o ato de brincar”.
Essa situação é observada nos grandes centros urbanos. A civilização está preocupada em edificar, transformar os espaços livres em espaços úteis de comércios, de indústria, de moradias e de lazer formalizado, não valorizando os ambientes informais.
Ao brincar a criança revela toda a experiência de sua vida. O brincar por si só é pedagógico e auxilia na solução de situações não compreendidas por ela, se a criança tiver espaço para brincar, provavelmente ela saberá lidar melhor com suas experiências de vida. Confirma Machado (2001, p.27) que: “Brincar é também raciocinar, descobrir, persistir e perseverar; aprender a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar; esforça-se, ter paciência, não desistindo facilmente”.
Podemos considerar que quando a criança brinca, manipula, amassa os objetos dando a eles novas formas, a criança chega as suas próprias conclusões sobre o mundoque vive, explorando seu ambiente, criando, recriando, imaginando e descobrindo.
Brincar é para a criança pequena, o que trabalhar deveria ser para o adulto; fonte de auto descoberta, prazer e crescimento. Se os adultos ao redor fossem pessoas mais felizes no trabalho, podendo fazer a ponte entre a atividade lúdica da criança e a possibilidade lúdica do trabalho, as crianças não cresceriam dividindo ciência e poesia, arte e conhecimento, trabalho e lazer, dias da semana e finais de semana... (MACHADO, 2001. p. 28).
Como foi falado no inicio, toda criança tem o direito de brincar, brinca porque gosta de jogar, imaginar, fantasiar, fazer e deixar acontecer... nós educadores temos que oferecer ambiente físico adequado e experiências corporais.
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1Tema e linha de pesquisa
PROJETO: Brinquedoteca
3.2 Justificativa
Brinquedoteca não significa apenas uma sala com brinquedos, mais em primeiro lugar, uma mudança de postura frente à educação. É mudar nossos padrões de conduta em relação a criança; É abandonar métodos e técnicas tradicionais; é buscar o novo, não pelo modernismo, mas pela convicção do que este novo representa; é acreditar no lúdico como estratégia do desenvolvimento infantil.
Cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar e nos diversos ambientes em que a criança se encontra, incluindo hospitais, clínicas, instituições e residências.
Por meio deste projeto, as crianças podem ter a oportunidade de conhecer e manusear diferentes tipos de materiais cores e combinações, de recriar detalhes, levando-os a criação de algo prazeroso. Permite conhecer as conseqüências de se respeitar ou não determinados procedimentos, de como é possível desenvolvê-los.
3.3 Problematização
Em todo esse tempo do curso de pedagogia venho pensando como melhorar o ambiente de estudo infantil. Todas as disciplinas foram muito importantes para o meu desenvolvimento, onde pude aprender varias coisas.
A brinquedoteca é um espaço que visa estimular crianças e jovens a brincarem livremente, pondo em prática sua própria criatividade e aprendendo a valorizar as atividades lúdicas.
Estudos comprovam que uma criança, jovem ou mesmo adulto, tem mais facilidade de aprender através de brincadeiras lúdicas.
Um ambiente de brinquedoteca deve incentivar a criança a brincar e a explorar. Assim, é indispensável dar atenção especial ao uso de cores, à decoração das paredes e ambientes, à arrumação dos brinquedos, ao tamanho das estantes e até à mudança temporária nessa arrumação.
Quando uma criança entra na brinquedoteca, deve ser tocada pela expressividade da decoração, pela alegria e a magia do espaço.
Alguns autores propõem a disposição dos brinquedos de acordo com seu tipo em “cantinhos”. Podendo existir o cantinho da literatura, cantinho dos fantoches, cantinho do faz-de-conta, cantinho dos brinquedos pedagógicos, cantinho da música, cantinho das histórias, etc.
3.4 Objetivos
Propiciar a compreensão da importância dos brinquedos, dos jogos e das brincadeiras na evolução do processo do desenvolvimento; Possibilitar o uso de novas estratégias na educação bem como, estimular a produção do conhecimento sobre o brincar e a educação; Contribuir para a formação integral, educando e colaborando para que a criança cresça sendo um cidadão autonomo , criativo e crítico.
3.5 Conteúdos
A Importância da brinquedoteca na aprendizagem infantil
3.6 Processo de desenvolvimento
1 dia: visitei a creche, falei com coordenadora para a realizaçao do projeto.
2 dia: levei materiais reciclados, cones de papel higienico e garrafas pets para se construidos brinquedos.
3 dia: construimos 2 modelo de brinquedo, 1 aviao com cone de papel higienico e boliche com as garrafas pets.
4 dia: reunimos as crianças e conversamos sobre a importacia de reciclar para preservar a natureza, os orientei a estar trazendo mais materiais para ser construidos outros brinquedos e no final doe os modelos dos brinquedos a escola.
5 dia: realizei uma roda de conversa para descobrir o que eles acharão da importância da brinquedoteca nas escolas.
3.7 Tempo para a realização do projeto
Este projeto será realizado, durante o período de 5 dias, com carga horária de 4 horas diárias.
3.8 Recursos humanos e materiais
Para a realização do projeto será necessário, brinquedos, jogos e livros.
3.9 Avaliação
A avaliação será feita de forma continua de acordo com a aprendizagem, será realizada através da observação, visando conhecer os hábito, atitudes e habilidades que as crianças apresentam
3 Considerações finais
Vivemos em uma sociedade influenciada por vários aspectos sociais, culturais, econômicos e educacionais, nossas ideologias são construídas pelas experiências do meio social.
Pensando em tudo que foi descrito nesta monografia, acreditamos que a brinquedoteca é capaz de intervir numa realidade moldada, formatada e estereotipada por uma sociedade a mercê de suas próprias mazelas.
Sabemos que o desenvolvimento humano passa por diversas fases e desta forma precisa vivenciá-la intensamente cada uma no seu tempo abstraindo dela o que lhe é significativo para o seu pleno desenvolvimento.
O tema brinquedoteca é muito amplo e complexo, enquanto pedagogas e pesquisadoras perceberam que é impossível falar da brinquedoteca sem pensar no sujeito enquanto protagonista deste espaço, neste caso a criança. Por isso nosso problema de pesquisa envolveu a brinquedoteca, a criança e o lúdico.
Através de estudos realizados durante nossa graduação e pesquisas feitas na monografia, acreditamos na valorização do espaço da brinquedoteca nos âmbitos de lazer, terapêutico e intervenção pedagógica, sendo de suma importância a qualificação do profissional atuante deste espaço.
Falar do espaço da brinquedoteca sem pensar no sujeito é negar-lhe a própria identidade. Embora as crianças ainda sejam vistas de formas estereotipadas pelos adultos nós percebemos que as crianças são seres singulares dotadas de criatividades, potencialidades e que estão em processo de aprendizagem, necessitando assim, suprir seus anseios para compreender o mundo e as situações que a cercam. Neste contexto, a brinquedoteca apresenta-se como facilitadora deste processo, proporcionando o desenvolvimento de suas capacidades e habilidades.
Desde os primórdios, o ato de brincar sempre se fez presente nas vivencias das crianças, seja com brinquedos, jogos ou não. Através destes o ser autônomo vai se construindo. Valorizar a ação lúdica significa estimular seu desenvolvimento bio-psico social, abrindo porta para que a mesma realize sua leitura de mundo, respeitando seus direitos instituídos no Estatuto da Criança e do Adolescente.
A brinquedoteca é um espaço de bem viver, que proporciona momentos lúdicos as crianças, oferecendo-as vivenciar experiências individuais e coletivas de conhecer e relacionar-se. Para que isso aconteça existem diversos tipos de brinquedotecas oferecendo vários espaços para atender as crianças de acordo com suas necessidades.
Portanto, a brinquedoteca não se limita apenas a um espaço com brinquedos, sua proposta é resgatar nas crianças aquilo que é essencial nas mesmas, sua singularidade, tantas vezes massacrada e esquecida pelo próprio sistema social.
Hoje, o ato de brincar foi sufocado pela tecnologia e pelo consumismo exacerbado imposto pelo mundo adulto. Nosso olhar precisa ser educado a ter sensibilidade sobre a criança, valorizando-a como se ativo e estimulando-a a explorar o universo que a rodeia, desprendendo-a da cultura do mundo do adulto que acredita que o brincar para as crianças se restringe a brinquedos industrializados (videogame, carrinhos de controle-remoto, bonecas que falam etc.).
Para atuar no espaço de brinquedoteca e desenvolver um trabalho efetivo e de qualidade junto com as crianças é necessário que o profissional tenha esse olhar diferenciado, para assim, intervir de maneira significativa nas diversas situações que surgirão durante o exercício de sua pratica como profissional da brinquedoteca.
REFERÊNCIAS
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 3. ed. São Paulo: Vetor, 2001.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 3. ed. São Paulo: Vetor, 2001.
MALUF, Ângela C. M. Brinquedoteca: um espaço estruturado para brincar. Disponívelem:< http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=276>. Acesso em out. 2013.
ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. O brincar na Educação Infantil. Revista virtual EF Artigos. Natal/RN. Volume 03. Maio. 2005. Disponível em: http://efartigos.atspace.org/efescolar/artigo39.html>. Acesso em: out 2013.
APÊNDICE A – Instrumento de pesquisa utilizado na coleta de dados